A fábrica servia como principal fornecedora de peças e subconjuntos plásticos da Nokia, mas a companhia finlandesa passou a importar esses materiais da China e da Índia.
O PPB é a porcentagem de conteúdo nacional que precisa constar na produção de componentes para telefones celulares. Alterações impostas pelo governo em junho facilitaram a importação de similares, dispensando etapas de produção que ocorriam em Manaus, por isso a Foxconn decidiu encerrar as atividades.
A companhia chinesa ainda possui uma fábrica de câmeras fotográficas no Amazonas e mais seis em São Paulo. A unidade que fechou contava com 900 funcionários, sendo que os últimos saíram na sexta-feira.
"A fábrica produzia peças para 16 itens dos aparelhos da Nokia. Após a alteração [do PPB], passou a ter dez itens e chega ao fim das atividades com seis, restando para o próximo ano apenas quatro itens", disse a empresa, em nota repercutida pela Folha.
Já a Nokia disse ao jornal que o fechamento da fábrica da Foxconn não afetará sua produção.
Na última sexta-feira, 14, a Foxconn anunciou o fechamento de uma fábrica em Manaus e a decorrente demissão de 300 pessoas. A unidade produzia peças plásticas na Zona Franca e, segundo a Folha de S.Paulo, perdeu mercado em função de novas regras adotadas pelo governo em relação ao processo produtivo básico (PPB).
Fonte: Olhar Digital