O governo iraniano parece ter bloqueado o acesso ao serviço de busca do Google e ao Gmail, em uma ação a partir de dentro do país, segundo internautas locais. Um pesquisador da área de de segurança, dono da conta de Twitter @0xal, informou na noite de domingo que o acesso aos serviços tinham sido restringidos.
Depois explicou que só podia ter acesso por meio de uma VPN ou do uso de um proxy. E mais tarde revelou ser ainda possível acessar o Google através de alguns endereços IP.
“Tanto o Gmail como o google.com estão bloqueados desde a noite passada, mas o Gmail não está bloqueado em alguns operadores móveis”, disse em um tweet. O site de notícias Your Middle East confirma que o seu correspondente em Teerã já não consegue ter acesso aos serviços.
O Your Middle East, a BBC e outras agências de notícia, dizem que o bloqueio foi confirmado por Abdolsamad Khoram Abadi, o secretário de uma unidade oficial dedicada a detectar conteúdos ilegais na Internet. A mudança foi feita em resposta aos pedidos do povo iraniano, disse o responsável pelos meios de comunicação.
"Em decorrência das repetidas demandas da população, o Google e o Gmail serão filtrados em todo o país. Eles permanecerão filtrados até segunda ordem", disse Abadi.
Outra agência de notícias iraniana, a Young Journalists Club, informou que o serviço da Google no Irã seria bloqueado devido à exibição, no Youtube, de um “trailer” de 14 minutos do filme “The Innocence of Muslims”, que já provocou protestos generalizados por denegrir a imagem do profeta Maomé.
A medida é um dos primeiros atos para a definição de um serviço local próprio de rede de computadores separado do restante da internet mundial. Atualmente, o acesso a internet no Irã é limitado, pois há sites que são bloqueados, impedindo o internauta de usá-la.
Não é a primeira vez que o Google e o Gmail são bloqueados em todo território iraniano. Às vésperas das eleições parlamentares em março aconteceu o mesmo. O YouTube, serviço de vídeos do Google, também é censurado no Irã desde 2009, após os protestos populares contra supostas fraudes na eleição presidencial.
Fonte: IdgNow