O alto índice de pirataria entre as pequenas e médias empresas (PME) na América Latina ainda faz com que o Conficker/Kido, um vírus antigo, ainda tenha altos índices de infecção na região.
Criado em 2008, o Kido é um worm (vírus que se autorreplica) que derrubou redes no mundo todo em 2009. Naquele mesmo ano, a Microsoft lançou um updte que corrigia a falha explorada por ele.
Os números realmente impressionam. No Brasil, o Kido, ou uma de suas 434 variantes, está presente em 57% das infecções. Os índices são semelhantes em todos os países da região, variando de 61% no Peru a 40% no Uruguai.
Segundo Jorge Mieres, analista de malware da Kaspersky Labs, um dos principais motivos para isso é a pirataria do Windows, inclusive em empresas. "A relação entre pirataria e malware é direta", diz.
Mas o uso de cópias ilegais do sistema operacional não é o único culpado. Para B, as empresas também pecam por não terem práticas de segurança documentadas e seguidas, e também pela falta de controle sobre dispositivos USB, um conhecido vetor de infecções.
Mesmo assim, 61% das empresas na região consideram o ataque de malwares o principal risco à rede, e nada menos que 68% sofreram com vírus e semelhantes.
Para ele, as empresas precisam trabalhar também na conscientização dos funcionários. "Nem tudo o que brilha é ouro. É preciso muito cuidado ao clicar em qualquer coisa, inclusive links em redes sociais que parecem ter vindo de amigos", recomenda.
Além disso, prossegue, os administradores de rede precisam dar toda a atenção aos updates das fabricantes. "Toda vulnerabilidade é crítica e precisa ser consertada", afirma.
Fonte: IDgNow