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Xiaomi Black Shark
VEJA NOSSA ANÁLISE
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Desenvolvedor |
Xiaomi |
Distribuidor |
Xiaomi |
Plataformas |
Smartphone Android |
Site oficial |
Link |
Preço no lançamento |
U$ 499,99 |
Preço atualizado |
R$ 1.824,00 (em 18/10/2018 ) |
Especificações |
Sistema Operacional |
Android 8.0 |
Número de núcleos |
8 |
Memória RAM |
6, 8 |
Armazenamento interno |
64, 128 |
Cartão microSD |
Não |
Portas de conexão |
USB Tipo-C |
Processador |
Qualcomm Snapdragon 845 |
Clock |
2.8 GHz |
GPU |
Adreno 630 |
Bateria |
4.000 mAh |
Dimensões |
161,6 x 75,4 x 9,3 mm |
Peso |
190 g |
Recursos |
LTE |
Sim |
Tipo de cartão SIM |
Nano SIM |
Número de cartões SIM |
2 |
TV Digital |
Não |
Leitor de Digital |
Sim |
NFC |
Sim |
Radio |
Não |
GPS |
Sim |
Bluetooth |
5.0 |
Extras |
Controle analógico, Shark Space |
Display |
Tamanho |
5,99 |
Resolução |
1080 x 2160 |
Tecnologia |
IPS LCD |
Proteção |
Corning Gorilla Glass 5 |
Câmera |
Vídeos |
2160p@30dps |
Traseira |
12 e 20 MP |
Frontal |
20 MP |
Design e Tela
O Black Shark traz um design bem diferenciado, o que é algo muitíssimo bem-vindo num mercado tão repetitivo como anda o de smartphones. Certamente sua estética não vai agradar todo mundo, mas este é nitidamente um produto de nicho.

Pra "enfatizar" que temos um aparelho gamer, ele segue a estética do design de produtos assim. São linhas agressivas, com o contraste de uma cor viva no preto, o verde neste caso. E claro, não poderiam faltar luzinhas, e é por isso que o símbolo do smartphone, o "S" na traseira do aparelho, acende quando recebemos notificações ou ativamos o Shark Space.








E as formas tão diferenciadas da parte de trás não são apenas para o visual, mas elas tentam oferecer também mais conforto e segurança na pegada do Black Shark na horizontal, já que você vai usar muito o smartphone assim quando estiver jogando. Até dá pra sentir uma diferença no uso, mas nada que mereça mais de um parágrafo mencionando.

A tela do dispositivo não está entre as melhores em seu segmento de preço. São 5,99´´ com resolução FullHD, num LCD tradicional. Ela tem um grande poder de brilho, mas as cores não chegam a chamar a atenção ou ficar vivas como num LED. A opção aqui provavelmente foi para manter o preço do smartphone mais agressivo, ao mesmo tempo que a resolução menor ajuda um pouco na economia de bateria, algo bem importante pra quem pretende jogar o dia inteiro.
Performance
O Xiaomi Black Shark tem excelente performance. Ainda mais no modelo que recebemos aqui, com 8GB de memória RAM (o aparelho tem uma opção com 6GB). Aliando-se à memória temos o atual processador mais poderoso da Qualcomm para Android, o Snapdragon 845. Ou seja, o hardware garante uma experiência fluida nos jogos mais pesados, mesmo com diversos apps abertos simultaneamente. Testamos os jogos mais pesados do momento, incluindo PUBG e Fortnite, e o resultado foi uma experiência tranquila e sem engasgos, mesmo mantendo as configurações desses games no alto.
E isso é uma parte bem interessante do smartphone, porque ele oferece uma das melhores performances por valor investido que você pode conseguir atualmente. É uma pena que seja necessário importar, porque algumas das taxas impactam no valor final que você vai pagar por ele. Ainda assim, dificilmente ele ultrapassa os preços de outros competidores com o mesmo hardware. Claro que levando outros aspectos em conta, como qualidade de câmera e da tela, a competição fica mais complicada (como descrevemos melhor no Mundo Conectado), mas focando unicamente na performance, o Black Shark é um grande destaque com seu preço.
Os resultados de benchmark, como seria de se esperar, refletem o que vimos na experiência de usar o aparelho. É interessante destacar que o 3DMark aponta logo em sua primeira tela que "O Xiaomi Black Shark consegue se sair melhor que 99% dos celulares neste teste", se referindo ao Slingshot Extreme.




Autonomia
Aqui temos uma grande surpresa. Enquanto a performance do Black Shark é digna de elogios, ela não faz muito mais do que a obrigação num aparelho deste segmento. Já a autonomia está um tanto acima dos concorrentes. Os 4.000 mAh de bateria aliados a um sistema leve, uma tela simples e o processador que não "sua" para rodar a maioria dos apps, garantem até dois dias de uso quando não forçamos o aparelho. Não foi raro ele durar esse tanto durante o período de testes e não me deixou na mão nenhuma vez no fim do dia, nem durante a cobertura da BGS 2018 que sempre "come" a bateria que nem uma draga.
Isso, é claro, é especialmente importante num smartphone focado em jogos como o Black Shark. Diferente de um console portátil, que se fica sem bateria só vai lhe deixar sem jogar, um "smartphone gamer" não pode arriscar ficar sem bateria porque você precisa dele como um celular ainda. E a Xiaomi merece elogios por ter mostrado esse cuidado neste produto.

Controle
Uma das coisas que mais chamam a atenção no Black Shark é o fato dele acompanhar um pequeno controle, que pode se conectar via Bluetooth. Ou metade de um controle, já que ele se acopla apenas do lado esquerdo, oferecendo um analógico de movimento e alguns botões extras.
E este controle, sendo sincero, é bem dispensável. O analógico dele certamente é melhor que usar a tela touch para se movimentar, mas não chega a ser uma boa alavanca. É bastante imprecisa e a mola não centraliza tão bem. Ele conta com uma bateria própria e só se conecta via Bluetooth, o que é uma grande bobagem, afinal este não é um controle que dá pra você apoiar o smartphone na mesa e usar o acessório de longe. Só tem metade do controle, você precisa necessariamente estar com o Black Shark na mão para os comandos da direita, então já que o acessório precisa estar sempre acoplado ao smartphone, porque não fazer uma conexão física logo e tirar o ligar/desligar Bluetooth do caminho?

Também é muito importante lembrar que nem todo game suporta controles. PUBG não suporta. Então o acessório é simplesmente inútil em alguns jogos, inclusive grandes e populares como o battle royale em questão.
Shark Space
Aqui, sim, as coisas ficam mais interessantes. O Shark Space é um modo especial do smartphone que você ativa quando diz "agora só vou jogar". Ele conta com um botão físico na esquerda, estilo switch e, quando ativado, muda toda a interface do aparelho. A tela fica "presa" na horizontal e já são mostrados seus jogos, na forma de catálogo. Além disso, a ativação do Shark Space limpa automaticamente a RAM do Black Shark, algo que a maioria das pessoas não lembraria ou cuidaria de fazer.

Nesse formato ele também já separa as principais configurações envolvidas com jogos, inclusive a calibragem do controle que vem como acessório. Fiquei realmente surpreso com ter me interessado muito mais por este "botãozinho" do que pelo acessório de controle em si.
AVALIAÇÃO:
Design
Tela
Performance
Autonomia
Preço
Conclusão
O Xiaomi Black Shark é um produto de nicho e sabe disso. O aparelho não traz uma tela tão bonita ou câmera tão boa (mais sobre a câmera no Mundo Conectado) quanto seus competidores, mas oferece a mesma performance deles com muito mais autonomia e um preço bem agressivo. E é isso que alguém que busca um smartphone para jogar provavelmente quer.
Algo, no entanto, que não é culpa do smartphone, mas que precisa ser citado aqui, é que o segmento de smartphones gamer está apenas começando e a esmagadora maioria dos jogos oferecidos no Android ainda fazem pouco ou nenhum uso dos diferenciais trazidos pelo Black Shark. O próprio gigante PUBG nem é nativamente compatível com o controle que o smartphone acompanha. Eu não chegaria a dizer que o aparelho não vale a pena por isso, mas é algo a se ter em mente antes de clicar no "comprar".
Agora, se você já é uma pessoa que joga muito mesmo no smartphone e tem se incomodado de vez em quando com alguns engasgos ou falta de bateria, não deixe de dar uma conferida no Black Shark antes de comprar seu próximo aparelho.
Fonte: Adrenaline