Os desembargadores da 21ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do
Estado do Rio de Janeiro determinaram, por unanimidade de votos, que o
Facebook retire do ar a página “Pulsos que sangram”. O Ministério
Público alega que a comunidade instigava o suicídio por meio de fotos e
mensagens depressivas que podem ter incentivado uma jovem a se matar por
asfixia.
A relatora do acórdão, desembargadora Denise Levy Tredler destacou
que há suspeitas de que alguns adolescentes que seguem a comunidade
estejam marcando suicídios coletivos. Segundo o acórdão, a medida de
retirar a página do site tem como objetivo a proteção de jovens em
situações vulneráveis.
“Releva notar, outrossim, existir o perigo de dano de difícil
reparação, porquanto são notórias as recentes reportagens jornalísticas
de adolescentes, que cometeram suicídio em razão de suposto jogo na
internet, o que é, inclusive, objeto de investigação policial, de modo
que torna-se imperiosa a necessidade de proteção integral dos menores,
considerada a provável situação de perigo em que se encontram”, afirmou.
A menção é ao suposto jogo da baleia azul, que na verdade, como
alertou a Safernet, não se trata de jogo nenhum, as de uma notícia
falsa. Segundo a entidade de proteção de direitos humanos na rede, o
assunto começou a se espalhar pelo mundo a partir de uma notícia falsa
na Rússia de 15 de março de 2016. No Brasil, estourou em 1o de abril,
também com a repercussão como se fosse verdadeira a mesma notícia.
Fonte: Convergencia digital