Nessa quarta-feira (12), empresas, entidades, serviços e usuários formarão uma grande mobilização eletrônica chamada Batalha pela Net, em prol da manutenção da neutralidade da rede nos Estados Unidos.
Trata-se de uma derradeira tentativa de se tentar convencer a Federal Communications Commission (FCC) a reverter as mudanças introduzidas no governo Trump sobre a questão e manter as regulações estabelecidas por Barack Obama.
Segundo um levantamento realizado pelo instituto de estatísticas Civis Analytics,
77% da população norte-americana é favorável a continuar mantendo a
internet como território neutro para sites e serviços, sem que as
operadoras privilegiem esse ou aquele acesso, seja com diferença de
velocidade, bloqueios ou custos extras de consumo de banda. Na proposta
atual formulada por Ajit Pai, diretor nomeado por Trump para a FCC, os
provedores de acesso a internet poderão ter uma flexibilidade nunca
vista antes e um controle mais rígido sobre a internet e a navegação.
De acordo com as novas regras da FCC, que ainda não receberam a
aprovação final, os provedores de acesso nos Estados Unidos não apenas
poderão armazenar e comercializar dados de consumo dos usuários, como também serão capazes de, por exemplo, oferecer acesso gratuito a seus próprios serviços de streaming ou
de parceiros enquanto seguem cobrando pela banda consumida pela
concorrência ou até mesmo reduzir a velocidade de navegação em
determinados sites em privilégio de sua própria rede de sites
semelhantes.
Para reverter esse cenário e impedir que esse futuro aconteça, cerca
de 200 empresas de tecnologia, incluindo Amazon, Google, Twitter, Reddit
e Mozilla, se associaram com importantes entidades de defesa dos
direitos civis, como a ACLU e a Electronic Frontier Foundation (EFF)
para utilizar a internet como uma plataforma de protesto hoje. Muitos
destes sites exibirão mensagens simulando que estão com sua velocidade
de acesso reduzida ou bloqueados, para alertar os usuários, mas sem, de
fato, comprometer o acesso.
Além da mensagem, cada site trará também um formulário que permitirá
que o internauta norte-americano envie uma mensagem de desagravo ao FCC e
pressione o governo para manter a neutralidade da rede.
Fonte: Codigo Fonte