O quão perigoso seria para a vida na Terra se explodíssemos a Lua?
Algumas vezes todos dizemos (brincando): “E, agora, vamos todos
morrer”. Eu sei que é assim que eu me sinto quando estou tentando
atravessar as ruas na hora de pico em Jacarta. Embora a morte seja uma
possibilidade nessas situações, isso não é determinado ou comum.
Se de alguma maneira fossemos bombear energia suficiente para a Lua
para explodi-la, a resposta correta seria um enunciado sério de “e,
agora, vamos todos morrer”. A Lua é mantida globalmente pela gravidade
e, em menores escalas, pelas ligações químicas que mantêm juntas pedras e
até mesmo grãos de areia. Se a Lua fosse explodida, as forças
necessárias mandariam pedaços dela voando em altas velocidades. Pedaços
maiores formariam crateras em nosso planeta, enquanto os menores
queimariam a atmosfera.
Em um estranho caso de apenas pedaços grandes serem criados, alguns
deles atingiriam a Terra e gerariam enormes ondas de choque,
potencialmente tsunamis globais e arremessariam quantidades enormes de
detritos na atmosfera. Os impactadores poderiam deixar pontos quentes de
ebulição onde corpos d’água estivessem envolvidos.
Embora possa parecer que detritos (ou pedaços menores da Lua) caindo
através da atmosfera não devam ser muito fatais, essa intuição está
errada. Conforme um material em alta velocidade desacelera na atmosfera,
sua energia cinética é transformada em energia térmica. Quanto mais
coisas (detritos espalhados ou pequenos pedaços da Lua caindo) passam
por nossa atmosfera, mais calor chega a ela. Em um certo ponto, nosso
planeta se torna um forno de convecção, e a vida fora de oceanos e que
não está soterrada abaixo do solo seria assada.
Esse é um jeito ruim de morrer.
Como as marés seriam impactadas se a Lua explodisse?
Falando semi-literalmente, as marés seriam mandadas para um outro mundo.
Falando como pretendido, quaisquer corpos d’água que se reformassem
conforme a Terra se recuperasse desse evento devastador seriam
potencialmente modelados por forças que não de maré – o que significaria
que não haveria marés. É possível que alguns pedaços da Lua explodida e
detritos lançados pudessem se restaurar em um novo e menor objeto, e
isso, por sua vez, levaria a novas marés que teriam seus tempos ditados
pelo novo período orbital da Lua, e alturas ditadas pelos novos tamanho e
distância da Lua para a Terra.