Boa
parte dos executivos decisores e profissionais de TI não confia nas
informações vindas da abundância dos dados e precisam repensar suas
estratégias, advertiu Donald Feinberg, Vice-Presidente e Analista
Emérito do Gartner.
"Não é difícil imaginar um mundo no qual as aplicações de dados e
Analytics sejam utilizadas de forma generalizada em todos os processos
empresariais e em todas as decisões que tomamos", diz o analista. "No
entanto, para tornar isso uma realidade, precisamos ajudar nossos
colegas em todos os lugares em nossas organizações a se ficarem
confortáveis trabalhando com dados em suas atividades”.
O Gartner apresenta um plano de três passos para alcançar a abundância de dados e Analytics.
Passo 1: Repensar a Liderança
As
organizações devem começar considerando a criação de um escritório de
dados e a nomeação de um Chief Data Officer (CDO). Pesquisa da Gartner
sobre os principais agentes de dados mostra que as principais
responsabilidades do CDO em toda a organização são uma supervisão de
iniciativas de análise e governança de dados, seguida de
responsabilidades para definir a estratégia de análise para a
organização e garantir a confiabilidade e o valor da informação, ou
seja, sua governança. "O aumento da função do CDO reflete a crescente
necessidade de liderança aberta de negócios digitais direcionados por
dados e para defender o valor dos ativos das informações", comenta o
Vice-Presidente e Analista Emérito do Gartner. "No entanto, o papel do
CDO é mais influente do que o controle. Ainda precisamos habilitar os
departamentos descentralizados a desempenhar papéis maiores na
estratégia organizacional”.
Passo 2: Modernizar a Tecnologia
Após
a liderança, uma grande parte da obtenção de abundância analítica é
lidar com a escala e a variedade dos dados disponíveis. As abordagens
tradicionais de infraestrutura de gerenciamento de dados, como armazéns
de dados, fluxos de dados em lote e bancos de dados relacionais, começam
a quebrar em face dos requisitos de negócios digitais. As organizações
devem adotar rapidamente arquiteturas e tecnologias, como a
virtualização de dados, que permitem a integração de dados em tempo real
e as necessidades de acesso.
"Até 2018, o Gartner prevê que as organizações com recursos de
virtualização de dados gastarão 40% menos na construção e gerenciamento
de processos de integração de dados para conectar ativos de informação",
diz Feinberg. "Esta é a chave: a obtenção de uma infraestrutura de
gerenciamento de dados capaz de suportar demandas empresariais digitais
requer coleta e conexão. Coletar e segurar dados garante a
confiabilidade de processos de missão crítica enquanto conectar-se a
dados permite suportar requisitos em tempo real, lidar com escala maciça
e distribuição e dar apoio a uma rápida experimentação.”
Etapa 3: Maximize sua Contribuição Comercial
Uma
das chaves para maximizar a contribuição das empresas e aproveitar esta
abundância de poder de computação e expertise analítica é transformar a
governança de dados em um facilitador de negócios. Essa gestão precisa
mudar de centralizada, de cima para baixo e ditatorial para local,
colaborativa, ágil, flexível e orientada para negócios.
Ao mesmo tempo, os líderes de dados e Analytics devem ainda alcançar
os pontos de vista confiáveis, compartilhados e consistentes de dados de
gestão de dados mestre (MDM) e iniciativas de qualidade de dados.
"Obter este direito - políticas orientadas por contexto e autoridade e
responsabilidade distribuídas - é fundamental para fornecer a base
confiável e de alto valor de dados que suporte qualquer caso de uso que a
liderança de uma organização possa ter em mente", afirma Feinberg.