Se você se empolgou com o sistema TRAPPIST-1, vai gostar desta. Nesta
segunda-feira (19), pesquisadores do telescópio Kepler, da NASA, anunciaram ter encontrado dez planetas semelhantes à Terra que podem abrigar vida.
O time do Kepler aparentemente identificou 219 candidatos a planetas,
dez dos quais têm aproximadamente o tamanho na Terra e estão dentro da
zona habitável, região que pode abrigar água no estado líquido e,
possivelmente, vida. Essa mais recente atualização do catálogo do Kepler aumenta o número total de planetas candidatos identificados pelo telescópio espacial para 4.034.
Um grupo de pesquisa se aproveitou dos dados do Kepler para fazer
medidas precisas de milhares de planetas, revelando dois grupos
distintos de pequenos planetas. O time descobriu uma clara divisão nos
tamanhos dos planetas rochosos e dos planetas gasosos diferentes de
Netuno. Poucos planetas foram encontrados entre esses agrupamentos.
Então, por mais que a humanidade queira conquistar todos os planetas,
existem poucos que nós poderíamos de fato destruir.
O Kepler detecta os planetas por meio do método transitório, o que
quer dizer que ele observa as diminuições de claridade das estrelas
conforme um planeta passa em frente a ele. A próxima geração de
telescópios espaciais, como o Telescópio Espacial James Webb, que deve ser inaugurado em outubro de 2018, vai permitir aos cientistas analisar melhor os mundos que o Kepler encontrou.
“O conjunto de dados do Kepler é único, já que é o único a conter uma
população desses planetas análogos à Terra, planetas com basicamente o
mesmo tamanho e órbita da Terra”, Mario Perez, cientista do programa
Kepler na divisão de astrofísica da NASA, disse em um comunicado.
“Entender sua frequência na galáxia vai ajudar a direcionar o projeto
das missões futuras da NASA para trazer imagens diretas de outra Terra.”
O Kepler tem feito um bom trabalho há quase uma década. A principal
missão do telescópio começou em 2009, quando foi inaugurado como a
primeira nave espacial da NASA dedicada a procurar planetas. Em 2013, no
entanto, duas partes suas quebraram repentinamente.
Alguns cientistas inteligentes o recolocaram como um caçador de
exoplanetas em uma missão chamada K2, e ele tem trabalhado nesse
propósito desde então.
Fonte: Gizmodo