Três cidadãos chineses foram presos na Tailândia, no domingo (11), depois de uma operação policial que descobriu uma enorme operação de fraude de cliques
de aproximadamente 500 smartphones, maioria deles iPhones, e um número
estimado de 350 mil chips. Os homens supostamente admitiram usar os
telefones para inflar o número de cliques em anúncios no WeChat, maior
aplicativo de mensagens da China.
Respondendo a denúncias de trabalhadores ilegais, a polícia
tailandesa invadiu a casa em que três homens supostamente revelaram seu
papel no enorme caso de fraude. O Bangkok Post
noticia que, embora a Tailândia não tenha leis específicas anti-fraude
de cliques em sua legislação, há muito tempo a prática foi proibida na
China, onde é cada vez mais comum. O trio provavelmente será deportado de volta para a China.
O WeChat tem uma base de 800 milhões de usuários em toda a China, e robôs e operações de fraude são um problema conhecido no aplicativo.
Em 2015, o diretor geral de uma agência de propaganda de Shanghai contou à AdAge que
“o único propósito de usar contas falsas no WeChat é em favor de
agências inescrupulosas para enganar seus clientes, como em: ‘a campanha
está funcionando, olha todos esses seguidores que você conseguiu´”.
Esses números de cliques inflados enganam os clientes, fazendo-os
acreditar que seus anúncios estão superando as expectativas. Um estudo
de 2015 estimou que, nos Estados Unidos, editoras legítimas perderam US$ 6 bilhões de receita para robôs.
Embora os homens tenham sido detidos, muitas perguntas permanecem.
Tanto a Tailândia quanto a China exigem identificação na compra e no
registro de chips em massa, e segue incerto como os homens adquiriram
tantos. Terceiros não conseguem avaliar o quão generalizado o problema
da fraude de cliques do WeChat é, já que a empresa não divulga as métricas que possibilitariam que pessoas de fora determinassem o equilíbrio entre robôs e usuários reais.
Fonte: GIzmodo