A receita mundial de semicondutores totalizou US$ 343,5 bilhões em
2016, valor superior a R$ 1,1 trilhão, e que representa um aumento de
2,6% comparado ao número de 2015 (US$ 334,9 bilhões). Entre os líderes, a
Intel, que tem 15,7% do mercado, cresceu mais forte (4,6%), assim como a
segunda colocada, a Samsung, que tem fatia de 11,7% (e cresceu 5,9%).
Segundo a consultoria, a receita combinada dos 25 maiores
fornecedores de semicondutores aumentou 10,5%, um desempenho
significativamente melhor do que o crescimento geral da indústria. No
entanto, a maior parte desse crescimento resultou das atividades de
fusão e aquisição.
"A indústria de semicondutores se recuperou em 2016, com um início de
ano fraco, caracterizado pela correção de estoques, dando lugar ao
fortalecimento da demanda e a um melhor ambiente de preços no segundo
semestre”, afirma o diretor de pesquisas do Gartner. Segundo ele, “esse
crescimento foi impulsionado pelo aumento da produção em muitos
segmentos de equipamentos eletrônicos, melhorando os preços de memória
flash NAND e gerando movimentos monetários relativamente positivos”.
A Intel manteve a primeira posição como a maior fabricante de
semicondutores (com receita de U$ 51,7 bilhões), enquanto a Samsung
Electronics permaneceu em segundo lugar, com 11,7% de participação de
mercado (e receita de US$ 37,8 bi). A Qualcomm (4,5% do mercado) caiu
4,1% no ano passado, mas o suficiente para superar a SKY hynix (4,3% do
mercado), que teve queda bem maior, de 10,2%.
A consolidação continuou a desempenhar um papel importante no ranking
de participação de mercado, com várias grandes empresas crescendo por
meio de aquisições. A Broadcom comprou a Avago Technologies e passou de
17o para 5o maior fornecedor (3,8% do mercado). Outras operações foram a
aquisição da Semiconductor pela Fairchild Semiconductor e da Western
Digital pela SanDisk.
“A receita combinada dos 25 maiores fornecedores de semicondutores
aumentou 10,5% em 2016 e representou um market share de 74,9%, superando
o restante do mercado, que teve queda de 15,6% na receita. No entanto,
esses resultados são distorcidos pela grande quantidade de atividades de
fusões e aquisições durante os anos de 2015 e 2016. Se ajustarmos o
valor adicionando a receita de cada empresa adquirida à da adquirente
para esses dois anos quando necessário, então os 25 maiores fornecedores
teriam um aumento de 1,9% na receita, enquanto o restante do mercado
teria crescido 4,6%", completou Hines.
Fonte: Convergencia Digital