A empresa japonesa Japan Display Inc. (JDI) anunciou ontem
que começou a produzir telas LCD flexíveis de 5,5 polegadas para uso em
dispositivos móveis. Com resolução Full HD (1080x1920 pixels) e uma
densidade de 401 pontos por polegada, a tela (chamada de Full Active
Flex) é praticamente igual à de muitos smartphones -exceto pelo fato de
que é facilmente maleável.
Segundo a JDI, o Full Active Flex usa um substrato de plástico
para os dois lados da camada de cristal líquido da tela, o que garante
sua maleabilidade. Os substratos de plástico também têm a vantagem de
que, diferentemente do vidro, eles não racham sob impacto. Assim, o novo
display pode ser útil mesmo para smartphones que não sejam flexíveis.
No entanto, como aponta o Android Police, sua durabilidade contra riscos ainda precisa ser testada.
Outra vantagem do Full Active Display é que ele oferece suporte a
taxas de reprodução de 60Hz, 30Hz e 15Hz. As taxas menores podem ser
usadas durante a execução de imagens com taxas de quadros menores ou
quando dispositivo está em modo de economia de energia, para economizar
bateria. A JDI anunciou que pretende começar a produzir as telas Full
Active Flex em massa a partir de 2018.
iPhones flexíveis?
Uma das empresas para as quais a JDI fornece displays é a Apple. A
fabricante dos iPhones até hoje usa telas de LCD em seus dispositivos,
apesar das vantagens da tecnologia AMOLED, e um dos possíveis motivos
para isso é o fato de que a Samsung - uma de suas principais
concorrentes - é praticamente a única produtora de displays AMOLED para
smartphones do mundo.
Com essa nova tecnologia, portanto, a Apple ganhará alguma
vantagem sobre a Samsung caso queira fazer smartphones maleáveis no
futuro. O Slashgear,
entretanto, ressalta que é ainda mais fácil fazer displays OLED
flexíveis, já que a espessura dos componentes desses displays é menor.
Isso significa que, de qualquer maneira, a Samsung não vai ficar muito
para trás.
De qualquer maneira, smartphones totalmente flexíveis ainda estão
longe de chegar ao mercado. Isso porque, além da tela, será necessário
fazer com que seus demais componentes (bateria, processador, RAM,
armazenamento, sensores e lentes de câmera) sejam flexíveis também. Mas
talvez, como a JDI só vai começar a produzir essas telas em massa a
partir de 2018, dê tempo de componentes flexíveis chegarem até lá.
Fonte: Olhar Digital