Desde que a Lenovo comprou a Motorola em 2014, o portfólio de
smartphones da empresa caiu de 30 modelos para os 10 atuais, indo da
linha Moto (mais premium) até a Vibe (focada em bom custo-benefício).
Mas a ideia para 2017 é reduzir ainda mais esse número, afirmou o
presidente da área móvel da marca, Aymar de Lencquesaing, em um evento
fechado para a imprensa, em Chicago (EUA).
A linha Moto de
smartphones será a principal, enquanto a Vibe deixará de existir a longo
prazo. Esse processo será gradual; os modelos atuais continuarão a ser
vendidos e com a devida assistência aos clientes em 2017. Ainda não há,
entretanto, uma data definida para extinguir a linha em definitivo.
O objetivo seria manter a estratégia de mercado da Motorola mais
"focada" e brigar com os top de linha como Samsung S7 e iPhone 7. "Desde
que compramos a Motorola estamos buscando pensar fora da caixa. O
lançamento do Moto Z [que trouxe um conceito modular para adicionar
acessórios e é o top de linha da marca] foi um movimento para mudarmos
as regras do jogo. É difícil fazer isso", definiu Lencquesaing.
Toda a estrutura de negócios da Lenovo deve mudar para priorizar a
divisão de celulares, buscando estar entre as cinco maiores do mundo. De
acordo com o vice-presidente, a Lenovo/Motorola atualmente ocupa a
sexta posição mundial, sem especificar os parâmetros usados.
Um recente balanço da consultoria Gartner diz que as outras cinco seriam nesta ordem: Apple, Samsung, Huawei, Oppo e BBK (as três últimas chinesas) -- a Lenovo caiu do top 5
no primeiro semestre deste ano. Apesar disso, a empresa diz que o braço
de telefonia teve crescimento em mercados emergentes, como
Ásia-Pacífico e América Latina.
No Brasil, a
Lenovo/Motorola é a segunda colocada, com 21,4% do faturamento desse
mercado no último mês de outubro --a Samsung segue como líder, segundo a consultoria GfK.
Mas não se preocupe, os celulares mais baratos da linha Moto, como o G
Play ou o E, ainda vão existir e devem a brigar em sua faixa de preço.
Já o phablet Phab 2 PRO,
que usa tecnologia do Google para mapear o ambiente e criar realidade
aumentada (aquela do Pokémon), continua nos planos da empresa.
Fonte: Uol