Um grupo de 10 mil usuários do Facebook entrou com uma ação coletiva
no nos Estados Unidos na qual acusam a rede social de discriminação, por
permitir que anunciantes excluam negros, hispânicos e asiáticos de
receberem ofertas publicitárias, notadamente de imóveis.
Entre os recursos da ferramenta, é possível definir a partir de
‘grupos de afinidades’ que determinado anúncio não será visto por este
ou aquele grupo, o que também inclui ‘cristãos’, ‘muçulmanos’,
‘divorciados’, ‘pais’, ‘mães’, ‘expatriados’ e ‘imigrantes’, de acordo
com o processo.
A ação foi movida a partir de denúncia feita pela revista online
americana ProPublica, na qual advogados de direitos civis sustentam que
os recursos permitidos pelo Facebook violam a legislação federal que
proíbe qualquer tipo de preferência, limitação ou discriminação baseada
em raça, credo, gênero ou nacionalidade em anúncios de imóveis.
Além disso, a lei dos Direitos Civis de 1964 também proíbe a adoção
desse tipo de discriminação em outros campos, como no caso de ofertas de
emprego. Ao sustentar que a rede social viola diferentes pontos da lei,
a ação aponta que “não há opção na plataforma Facebook para que sejam
excluídos ‘brancos’ ou ‘caucasianos’”.
Segundo a Courthouse News Service, também americana e especializada
em disputas judiciais, o Facebook rebateu as alegações afirmando que não
há base jurídica para a queixa e que o uso de ferramentas de marketing
multicultural é prática comum na indústria publicitária.
Fonte: Convergencia Digital