Na terça-feira (18), o Equador confirmou que restringiu o acesso à
internet do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, citando vazamentos
recentes que afetaram a campanha presidencial dos Estados Unidos, e o
princípio de não interferir em assuntos internos de outros países.
De acordo com o WikiLeaks, Assange perdeu acesso à internet no fim de semana pouco depois de publicar transcrições de discursos pagos que Hillary Clinton, candidata à presidência dos EUA, deu ao banco de investimentos Goldman Sachs.
Na manhã de terça-feira, a organização sugeriu que o país fez isso para atender a demandas do Secretário de Estado americano, John Kerry, uma alegação que foi negada tanto por autoridades americanas quanto equatorianas.
“Nas semanas recentes, o WikiLeaks publicou uma série de documentos
impactando a campanha eleitoral dos EUA,” disse o Ministro de Relações
Internacionais do Equador em um comunicado.
“Assim, o Equador exerceu seu direito soberano de restringir
temporariamente o acesso a algumas redes de comunicação privada dentro
da embaixada no Reino Unido.”
Ainda assim, o Equador se mantém comprometido a oferecer asilo
político a Assange, que vive na embaixada desde 2012 para evitar uma possível prisão e extradição relacionada a acusações de estupro e assédio na Suécia.
“O Equador, de acordo com a sua tradição de defesa de direitos
humanos e proteção de vítimas de perseguição política, reafirma o asilo
garantido a Julian Assange e reitera a sua intenção de proteger sua vida
e integridade física”, diz o país. “A política externa do Equador
responde apenas a decisões soberanas, e não cede à pressão de outros
Estados.”
Fonte: Gizmodo