Há dois anos surgiu o aplicativo Musical.ly com uma proposta até
então pouco explorada: promover dublagens engraçadinhas pela internet.
Mas no ano seguinte, o Dubsmash fez essa moda acontecer por algumas semanas. Mas passada a febre, vale ainda a pena uma rede social só sobre isso?
Bom, se você tem menos de 25 anos, adora as canções pop da última
semana, acompanha jovens youtubers e tem uma autoestima muito grande
para fazer seus videoclipes com estética de selfie, a resposta é sim. O
Musical.ly parece ter sido feito sob medida para essa geração.
Disponível para iOS e Android, o aplicativo tem uma interface que
mistura elementos familiares das demais redes sociais, como Instagram e
Snapchat. Sua tela principal roda vídeos de destaque no app --ou seja,
dos usuários mais seguidos, dentre eles cantoras como Selena Gomez e
Ariana Grande, com 6,75 e 3,9 milhões de fãs respectivamente. Você
desliza para cima ou para baixo para ver esses vídeos que estão
bombando.
Abaixo tem outros quatro botões: um de busca por mais usuários; um
central, amarelo, para criar um novo vídeo; um de tendências e mensagens
do próprio app para todo mundo; e outro que mostra seu perfil, com os
números de seguidores, fãs e curtidas, além de todos os posts.
A
área de busca tem uma sequência colorida de hashtags que estão
bombando em função de determinada música. Uma delas, por exemplo, era
#SouFadona, da youtuber Kéfera para o filme "É Fada!", em versão
acelerada. A própria Kéfera é usuária assídua do Musical.ly. Após clicar
na hashtag, há um botão para você criar seu vídeo com a música em
questão.
Na busca é possível encontrar usuários, tags e músicas também.
Ainda não está claro quantas músicas estão disponíveis --fala-se em
"milhões" na descrição do aplicativo na App Store-- ou como a equipe do
app lida com os direitos autorais dessas canções. Mas o catálogo, em uma
rápida olhada, tem Bruno Mars, The Weeknd, Robbie Williams, Nicky
Minaj, Manu Gavassi e Karol Conká. E também tem sons não musicais, como
áudios de comédia, além de algumas músicas nacionais.
O app
também permite divulgar vídeos ao vivo, mas para criar um é preciso ter
instalado no celular outro app da empresa, o live.ly.
Para criar um vídeo de até 15 segundos, você escolhe a música antes e
aí aparece a tela de gravação. Há mais duas alternativas: filmar antes,
sem música por cima; ou pegar um vídeo ou fotos salvos da memória do
celular. Sim, fotos: dá para fazer um vídeo musical no estilo "slide de
fotos" com elas.
E assim como no Instagram, você pode editar o
ponto certo da música e adiciona filtros de imagem. Dá também para
salvar no celular o seu "clipe" para postar em outras redes sociais.
Um recurso novo do Musical.ly é a "festa", que é convidar amigos para gravar vídeos em conjunto sobre um determinado tema.
Combinando música, juventude, senso de humor e narcisismo pós
geração-Y, o Musical.ly pelo visto tem tudo para ser o próximo grande
acontecimento em redes sociais móveis. Isso se Mark Zuckerberg não
comprar o aplicativo antes disso.
Fonte: Uol