Consoles e computadores antigos tinham potência extremamente
limitada: o hardware era menos capaz, e não havia espaço de expansão
para tornar mais capazes máquinas como o Commodore VIC-20 ou o Famicom.
Ou será que havia?
• Mini Nintendinho caseiro é o que a Nintendo deveria ter feito
• Cartucho para jogar em smartphones é uma ideia nostálgica que parece terrível
Como explicam o 8-Bit Guy e o Obsolete Geek, cartuchos têm uma enorme
vantagem sobre disquetes e fitas magnéticas: eles podem abrigar
hardware adicional. E na prática, mais chips podem levar a tudo, desde
um som melhor até renderização de polígonos para jogos 2.5D.
Um exemplo: Pitfall II, lançado para o Atari 2600, tinha um
gameplay mais complexo que outros títulos do console e, pela primeira
vez, incluía uma trilha sonora que tocava durante todo o jogo. Isso era
possível porque o cartucho tinha um chip DSP (processador de sinal
digital).

Os cartuchos de Starfox e Stunt Race FX têm um coprocessador que auxilia o SNES com renderização de polígonos 3D. E Super Mario RPG
tem um chip da Nintendo chamado SA1 que inclui um núcleo de processador
semelhante ao do próprio console, porém operando a uma velocidade
maior.
Embora as máquinas desta época só pudessem “ver” uma quantidade
restrita de memória, alguns truques de software permitem aos cartuchos
driblar esses limites.
Para adicionar mais de 16 KB de armazenamento, é necessário um
hardware adicional dentro do cartucho que permita comutação de bancos.
Dessa forma, só 16 KB ficam visíveis para o computador, e o software
alterna entre as seções que precisam ser usadas para o jogo.

Muitos cartuchos da Nintendo faziam isso: alguns tinham até 1 MB de ROM, o que era algo enorme para a época.
Jogos de cartucho possuem um valor nostálgico para entusiastas atuais (e podem fazem um retorno em breve no Nintendo NX),
mas também tiveram um papel importante em avançar máquinas de jogos
para além de seus limites – é graças a eles que temos clássicos como Super Mario RPG e Starfox, por exemplo.
Fonte: Gizmodo