As
vendas de smartphones vão mal na maior parte do planeta, com quedas
generalizadas nas Américas – e que no Brasil chega a 20% - na Europa,
África, Oriente Médio e Oceania. No agregado, porém, a perspectiva é de
crescimento, graças à Ásia, segundo indica relatório da consultoria
alemã GfK.
Foram vendidos 330 milhões de aparelhos entre abril e junho, 6,9%
acima dos 308 millhões do trimestre anterior. Em grande medida graças ao
desempenho da Rússia e da China, com altas anuais de 12% e 24% (sobre o
segundo trimestre de 2015), além de países como Vietnã (11%) e
Filipinas (37%).
“Análises das últimas tendências de vendas de smartphones fizeram a
GfK reavaliar suas previsões para o ano. O valor das vendas globais
deverá subir de US$ 400,7 bilhões para US$ 426 bilhões, um aumento de
5%.”Nessa previsão, o ano de 2016 vai registrar vendas totais de
smartphones de 1,39 bilhão de unidades (contra 1,32 bilhão de 2015).
Fora desses, porém, o cenário é de quedas. Segundo a consultoria, na
América Latina até houve alta na passagem do primeiro para o segundo
trimestre (5%, com 23 milhões de unidades), mas em 12 meses o recuo é de
8%. “Esse declínio regional se deve à queda da demanda em 20% no
Brasil”, país onde “os problemas continuam”, segundo a GfK. Na região, o
destaque foi para a Argentina, com alta de 58% em 12 meses. Ainda
assim, a previsão para a AL é de queda de 11% em 2016 – para 94 milhões
de smartphones.
Na América do Norte, os 42 milhões de smartphones vendidos
representaram queda no trimestre (-5%) e em 12 meses (-6%). Na Europa
Ocidental, vendas de 30 milhões e recuos de 1% no trimestre e em 12
meses, com alguns países mais afetados, como na Espanha, onde a queda
foi de 11%. No Reino Unido, queda de 2%. França (3%) e Alemanha (1%),
cresceram.
No Oriente Médio e África, queda de 2% (trimestre) e 5% (sobre 2015),
com destaque para a Arábia Saudita (-24%), que anulou no agregado os
bons desempenhos do Egito (19%) e da África do Sul (15%). O total de
vendas na região foi de 41 milhões de unidades no segundo trimestre. Em
países desenvolvidos da Ásia-Pacífico, destaque para a queda da
Austrália (-9% sobre 2015) e para um pequeno crescimento no Japão (2%).
Fonte: Convergencia Digital