Há anos a Intel vem entregando uma cadência mais lenta para sua linha
de processadores de alta performance para usuários domésticos, a HEDT
(High-End Desktop). Enquanto nas linhas mainstream os modelos já são
baseados na microarquitetura Skylake, a Intel introduziu recentemente a linha Broadwell-E para seu segmento "super entusiasta". Enquanto seu antecessor, a Haswell-E,
lançado em 2014, havia ampliado os limites da linha de consumidores da
Intel para até 8 núcleos e consequentemente 16 threads, a nova linha
entrega uma quantidade ainda mais massiva de núcleos: os processadores
podem chegar a até 10 núcleos e 20 threads!
A linha Broadwell-E é composta inicialmente pelos modelos Intel Core i7-6800K, Core i7-6850K, Core i7-6900K e o topo de linha Core i7-6950X.
Eles possuem de 6 a até 10 núcleos, com 28 canais PCIe no caso do
6800K, e 40 canais nas demais. Além da maior quantidade de núcleos, os
processadores Broadwell-E introduzem o suporte a memórias DDR4 operando a
até 2400MHz em quad-channel e um L3 Cache mais amplo, chegando a até
25MB no modelo topo de linha.
Outra novidade importante é a litografia: enquanto os processadores
Haswell-E foram desenvolvidos em 22 nanômetros, a microarquitetura
Broadwell introduz os transistores de 14 nanômetros. Isso possibilitou
avanços em quantidade de transistores e performance, tudo mantendo o TDP
de 140W, o mesmo da geração Haswell-E.

Principais novidades: mais núcleos, frequências de memórias mais altas e litografia menor
Com a nova microarquitetura e a maior quantidade de núcleos, a Intel
direciona esse produto para os criadores de conteúdos e consumidores que
desejam extrair alto desempenho dos múltiplos núcleos das CPUs
Broadwell-E.
A Intel foca esses processadores como os ideais para criadores de
conteúdo, que necessitam de alto poder de processamento, além de
indicá-los para games (essa segunda parte um pouco mais controversa,
como indicam nosso testes de performance e o custo envolvido na
aquisição desses produtos).



Uma das características mais interessantes do Broadwell-E é o soquete
utilizado: o LGA 2011-v3, o mesmo dos processadores Haswell-E, o que
significa que placas-mãe X99 serão compatíveis com os novos produtos,
bastando um update de BIOS para que operem corretamente. Isso significa
que modelos de placas-mãe que estão no mercado desde 2014, da linha
voltada aos CPUs Extreme Edition, poderão ser usadas com os novos
Broadwell-E.
O Broadwell-E é compatível com as placas-mãe X99, as mesmas da linha Haswell-E
Entre as novas tecnologias, o destaque é o Turbo Boost Max 3.0.
Em processadores com tantos núcleos, a função da nova tecnologia chega a
ser curiosa: acelerar os processos em single thread, aqueles em que não
é possível dividir entre os diversos cores do processador. A tecnologia
funciona da seguinte forma: ela identifica processos que não fazem uso
do multi-thread, e para otimizá-lo identificam o núcleo de processamento
mais poderoso disponível no CPU. Além de direcionar a ele esse
processo, o Turbo Boost Max 3.0 também é capaz de reduzir os clocks em
outros cores para focar apenas nesse núcleo que está lidando com o
processo, tornando possível assim um aumento mais agressivo de
frequência exclusivamente nele e dessa forma otimizando o
processamento.
Fonte: Adrenaline