O Hyperloop pode ser o futuro do transporte público,
levando carga e pessoas por tubos de aço em altas velocidades. Uma
proposta quer usar esta ideia para resolver um desafio que perdura por
séculos: ligar as nações vizinhas da Suécia e Finlândia.
O primeiro estudo de viabilidade em larga escala quer ligar as
cidades de Estocolmo e Helsinque via Hyperloop. Ele foi divulgado pela
Hyperloop One, startup que realizou recentemente a primeira demonstração em plena escala da tecnologia.
Para viajar entre as duas capitais, que estão a cerca de 480 km de
distância, o jeito é ir de avião, o que demora cerca de 3h30 – uma hora
de voo mais o tempo para chegar ao aeroporto e passar por todos os
procedimentos. Há também uma barca noturna entre as cidades; a viagem
dura 17h30.
Enquanto isso, o Hyperloop promete um trajeto de apenas 28 minutos – e ele pode levar carga, não só pessoas.

Ligar a Suécia à Finlândia é um teste perfeito para mostrar as
capacidades do Hyperloop, porque não há trens de alta velocidade entre
as duas capitais: no momento, a única maneira viável para reduzir o
tempo de viagem é usando uma barca mais rápida ou um avião mais rápido.
Trabalhando com duas empresas do Báltico – FS Links e KPMG – a
Hyperloop One mostra no estudo por que ligar as duas regiões seria
financeiramente desejável:
O valor do tempo economizado pela rede seria de
espantosos 321 milhões de euros por ano. A receita para o sistema
completo é estimada em 1 bilhão de euros por ano com um lucro
operacional de 800 milhões de euros, com base em uma previsão de 43
milhões de viagens de passageiros por ano.
Os tubos seriam instalados em valas ao longo do fundo do Mar Báltico,
exigindo pouco tunelamento, o que – segundo a Hyperloop One – irá
manter os custos relativamente baixos, em 19 bilhões de euros.

Helsinque e Estocolmo seriam ligadas por uma combinação de tubos que
viajam por terra e outros passando pelo fundo do Mar Báltico
Existe um forte impacto econômico ao construir soluções melhores de
transporte que podem encurtar o tempo de viagem entre cidades, ou unir
muitas cidades em uma megarregião, como o que a China está fazendo em torno de Pequim.
Isso também está acontecendo em outras partes do Báltico para superar
inconveniências geográficas: é pela mesma razão que a Suécia e a
Dinamarca estão trabalhando para conectar Malmo e Copenhagen em uma megarregião chamada Øresund através de projetos de infraestrutura igualmente ambiciosos.