Os
líderes empresariais e de TI precisam desenhar em conjunto os novos
modelos de negócios baseado em algoritmos,sustenta o Gartner. "A
consequência do desenvolvimento e da proliferação de máquinas
inteligentes será a fácil utilização dos algoritmos nas organizações”,
defende Steve Prentice, vice-presidente da consultoria. “Na atualidade,
já é possível ver o impacto dos algoritmos no nosso mundo, mas ainda
existe muito trabalho por desenvolver para aproveitar todas as
oportunidades, e gerir os desafios”, acrescenta.
Com essa
finalidade, líderes de negócio e de TI devem analisar os algoritmos
utilizados nas suas máquinas inteligentes e nas dos seus concorrentes. E
investigar outras indústrias, inclusive, para perceber se existe uma
resposta às necessidades da empresa. A prática de partilhar algoritmos
entre organizações com interesses mútuos poderá tornar-se um fator
relevante.E também é possível que se transforme em um modelo de
desenvolvimento utilizado em muitos setores verticais.
“Já há
algum tempo o setor de varejo está na linha da frente da utilização de
algoritmos para melhorar os resultados de negócio”, lembra Prentice.
“Muitas pessoas acreditam que as tabelas de preços e as tarefas
comerciais podem vir a ser os ativos de maior valor para um vaerjista”.
Na
área de recursos humanos, os algoritmos já estão transformando o
recrutamento de talentos, por poderem avaliar rapidamente a idoneidade
dos candidatos. Contudo, a tecnologia poderia também ser aplicada sem
grandes complicações em uma organização para, por exemplo, distribuir
trabalho pelos profissionais adequados.
Os algoritmos “tomarão
decisões que significarão vida ou morte”, afirma Peter Sondergaard,
diretor de pesquisas do Gartner. Carros, robôs e drones irão funcionar
de maneira semi-independente com base em programações que determinarão
os riscos que podem (ou não) assumir, que termos devem respeitar e quem
“prender”, projeta o analista.
Segundo a consultoria, um
potencial mercado aparecerá no campo da oferta de algoritmos com funções
específicas, onde companhias construirão e usarão esses mecanismos à
medida que se movem mais profundamente rumo à automação para obterem
engajamento dos clientes afim de atingirem ganhos de eficiência
operacional. Mas o Gartner adverte: esses recursos podem ou não passar
pelas mãos dos CIOs. “Aceite a realidade de que você controlará uma
pequena parte disso, mas terá grande papel influenciando onde será
realizado esse investimento”, completa Sondergaard.
Fonte: Convergencia Digital