Desde que a Apple lançou o iPhone 3G em 2008, ele entrou em um ciclo
previsível de atualização de dois anos: primeiro um redesign, depois
refinamentos. Agora, parece que esse ciclo vai ficar mais longo.
De acordo com o jornal Nikkei,
a Apple entrou em um ciclo de atualização de três anos para o iPhone,
demorando ainda mais para adotar novas tecnologias e um redesign. Por
quê?
Muitos dos rumores sobre futuros iPhones sugerem que a versão deste
ano não será um desvio tão grande do atual iPhone 6S: o próximo iPhone
teria o mesmo design em metal que estreou originalmente há dois anos.
O iPhone 7
(nome oficial ainda a ser definido) teria um Smart Connector – pinos
que transferem dados e energia para acessórios – além de um corpo mais
fino e antenas reprojetadas. Ele também viria sem o conector de áudio de 3,5 mm. A Apple também pode lançar um iPhone Pro, que seria o foco do evento de hardware no terceiro trimestre.
As grandes mudanças – como um corpo todo em vidro, a segunda geração
do 3D Touch e a primeira tela OLED em um iPhone – estão previstas para
2017, de acordo com rumores vindos de analistas e da cadeia de produção.
Não deveria ser uma surpresa que a Apple está modificando seus planos em relação ao iPhone. Por um lado, o iPhone SE rompeu o costume da empresa de lançar novos celulares em setembro. Além disso, a Apple está passando por uma desaceleração após quase uma década de crescimento nas vendas do iPhone.
No passado, os smartphones adicionavam novos recursos úteis na
comparação ano a ano, como telas e câmeras melhores. Agora, novos
conceitos estão entrando no terreno de realidade virtual e de
smartphones modulares – como o LG G5, Project Ara e o sucessor do Moto X.
Mesmo quando bem executadas, essas novas ideias simplesmente não atraem
clientes da maneira que como, digamos, uma câmera vastamente melhor.
Parece também que a Apple está guardando suas principais novidades para o aniversário de dez anos do iPhone em 2017.
Os motivos para reduzir o ritmo dos iPhones vão muito além do
hardware. A Apple sempre teve novos mercados para explorar – ela só
lançou o iPhone na China em 2009. Mas agora esses mercados
internacionais estão saturados com smartphones – incluindo a China, o que colocou um freio nos lucros potenciais da Apple.
Os EUA são um dos principais mercados da Apple, e por lá, as
operadoras não embutem mais o preço do aparelho no contrato de voz e
dados, dando um motivo a menos para comprar um novo iPhone de US$ 700 a
cada dois anos. (A menos que o cliente esteja em um plano de atualização
do iPhone, que ficará significativamente menos impressionante se a
Apple realmente mudar o seu ciclo de atualização.)
O período de atualização estimado para smartphones agora é de 29 meses nos EUA,
contra 24 meses em 2013-2014. Dado que os consumidores não querem
comprar um novo celular a cada dois anos, a empresa poderia esticar o
ciclo de atualização.
Smartphones em geral continuarão sendo bem importantes em nossas
vidas. Parece que a Apple resolveu se dar mais tempo, em vez de prometer
um salto grande a cada dois anos. Resta ver se isso vai mesmo
funcionar.
Fonte: Gizmodo