O Xbox One vai virar um computador com Windows a partir do meio do
ano oficialmente. O console da Microsoft receberá a atualização de
aniversário do Windows 10, que deve acontecer em junho, e passará a,
efetivamente, rodar o Windows 10, não mais apenas um sistema “baseado no
Windows 10”.
Na prática, o que isso significa? O que é certo é que as lojas de
aplicativos irão se unir, o que permitiria que você comprasse ou
adquirisse gratuitamente apps na loja do Windows e tenha acesso a elas
também no console.
Essa compatibilidade, no entanto, vai funcionar apenas com os
aplicativos universais distribuídos na loja. Você ainda não vai poder
rodar o Photoshop, por exemplo, no seu console, a menos que a Adobe o
transforme em um aplicativo universal da loja.
Embora o volume de apps para o Windows 10 ainda não seja enorme, ele
já traz algumas ferramentas importantes para o cotidiano do PC. O Office
está lá, o navegador Edge está melhorando, e há aplicativos de música,
rádio e podcasts que solucionam uma carência antiga do console, que não
permitia reprodução de áudio em segundo plano. Facebook, Facebook
Messenger, Instagram, Twitter são outros apps que poderão ser acessados
pelo console.
A ideia pode ser interessante por abrir espaço para que o Xbox One
passe a ser também o principal PC de quem não precisa realizar tarefas
muito complexas. A Microsoft já deixou claro o interesse de oferecer
suporte a teclado e mouse no Xbox, então na prática seria possível
editar planilhas do Excel entre uma partida e outro do multiplayer de
Halo 5.
Sobre jogos: a Microsoft está tentando convencer desenvolvedores a
publicarem seus jogos para PC também como aplicativos universais na loja
do Windows. Isso abre a possibilidade para jogos que são compatíveis
tanto com os computadores com o Windows 10 como no Xbox One. Assim,
seria possível, se for do interesse da empresa, permitir que o jogador
compre apenas uma vez o jogo, e tenha acesso a ele tanto em seu PC
quanto no console.
O sucesso do Xbox One como um PC vai depender muito da iniciativa da
Microsoft e de desenvolvedores de lançarem seus aplicativos na loja do
Windows. Pode ser tanto uma ideia interessante como absolutamente
irrelevante se ela não for devidamente abraçada.
Fonte: Olhar Digital