Depois que o FBI recuou do processo judicial contra a Apple
ao alegar ter encontrado quem fosse capaz de desbloquear o iPhone,
ficou a pergunta: quem seria esse parceiro “de fora dos Estados Unidos”?
Segundo as agências de notícias Reuters e Ynet, esse aliado secreto do governo seria a startup israelense Cellebrite, especializada em análise forense de dispositivos móveis.
Apesar da informação não ter sido confirmada por nenhum dos envolvidos, ela faz sentido. Não apenas esse é o campo de expertise
da Cellebrite como a própria empresa possui um contrato assinado com o
FBI desde 2013 para ser o único fornecedor de tecnologias utilizadas
justamente nesse tipo de serviço de recuperação de dados de aparelhos
apreendidos. No contrato, está especificado que a empresa tem a
capacidade de suportar 95% de todos os dispositivos móveis existentes no
mercado, incluindo o iPhone.
Desde Dezembro do ano passado, o FBI estuda uma forma de entrar no iPhone utilizado pelo terrorista Syed Rizwan Farook , envolvido no atentado de San Bernardino. Mas o smartphone está
bloqueado com uma senha e, graças a um mecanismo de proteção
ativado na versão do iOS do aparelho, qualquer intruso, legal ou não,
tem apenas 10 tentativas de tentar acertar a senha de acesso. Depois da
décima falha, o iPhone se formata sozinho e apaga todos os dados
existentes.