Titular da Vara Criminal da comarca de Lagarto, a 75 quilômetros da capital, Aracaju (SE),
onde mora, o juiz sergipano Marcel Maia Montalvão é considerado um
magistrado enérgico em suas decisões no Fórum, combate o tráfico de
drogas e tem forte preocupação com o impacto dos entorpecentes sobre
crianças, jovens e adolescentes.
E foi exatamente no meio de uma
investigação da Polícia Federal sobre o tráfico em Lagarto, corredor de
maconha e crack no rumo do litoral, que ele encontrou o link com o
Facebook.
"Ele é um juiz enérgico, mas costuma agir de forma
ponderada", descreveu o advogado criminalista Glover Rúbio dos Santos
Castro, que atua em Lagarto e conhece o magistrado.
"Defendo que
a prisão deveria acontecer somente em último caso", afirmou Castro,
manifestando desacordo com a medida imposta ao executivo Diego Dzodan
por Montalvão. "Ele poderia usar até a condução coercitiva para
esclarecimentos na PF, mas com a posterior liberação", argumentou o
advogado.
Sem perfil no Facebook, ex-professor, com mais de 12
anos de magistratura e designado para o município desde o ano passado, o
juiz de Lagarto não facilitou para a maior rede social do mundo.
Conhecido na região por seu discurso humanista cristão, defensor da
liberdade de imprensa, ele não quis comentar o caso. Em nota, informou
que o processo corre em segredo de Justiça e a empresa teve três
oportunidades para atender à Justiça, sofreu multas, mas não colaborou.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Uol