Finalmente temos os detalhes finais sobre o headset de realidade virtual da Valve, o HTC Vive. Ele estará disponível em pré-venda a partir de 29 de fevereiro, e chegará às prateleiras no início de abril.
O Vive custará salgados US$ 799 – ainda mais caro do que o Oculus Rift, que começa em US$ 599.
Por esse preço, além do headset, você leva dois controles especiais
sem fio para ambas as mãos, dois sensores para pendurar na parede que
controlam sua posição, e o hub que recolhe todos os dados e os envia
para seu PC. O sistema também virá com dois jogos: Job Simulator e Fantastic Contraption.
Há algumas pequenas melhorias e novos recursos no HTC Vive. O headset
agora tem um microfone, e a ergonomia nas tiras que vão ao redor da
cabeça foi amplamente melhorada, de acordo com a HTC.
Além disso, as duas pequenas unidades que monitoram seu movimento
agora não têm mais fios; antes, elas eram muito volumosas e tinham fios.

O Vive será lançado em abril nos seguintes países: EUA, Canadá, Reino
Unido, Alemanha, França, Áustria, Bélgica, República Checa, Dinamarca,
Finlândia, Islândia, Itália, Holanda, Noruega, Polônia, Espanha, Suíça,
Irlanda, Suécia, Taiwan, China, Japão, Austrália e Nova Zelândia.
Estas são as especificações de PC recomendadas para usar o Vive:
– placa de vídeo: equivalente à NVIDIA GeForce GTX 970, AMD Radeon R9 290 ou melhor
– processador: Intel i5-4590/AMD FX 8350 ou melhor
– RAM: 4 GB ou mais
– saída de vídeo: HDMI 1.4, DisplayPort 1.2 ou mais recente
– portas: 1x USB 2.0 ou melhor
– sistema operacional: Windows 7 SP1, Windows 8.1 ou Windows 10

O HTC Vive foi desenvolvido em parceria com a Valve, e apareceu pela primeira vez na última feira Mobile World Congress. Ele estava previsto para ser lançado no ano passado, o que não aconteceu – o prazo foi adiado para o início de 2016.
O headset coloca uma tela de 1200×1080 pixels em cada olho,
com taxa de atualização de 90 Hz; e transmite os movimentos do seu
corpo para dois sensores que você pendura na parede em um ângulo de 90
graus.
Os sensores não são câmeras, e sim receptores: eles recebem lasers
emitidos pelos pontos espalhados na superfície do headset e dos
controles, permitindo detectar a posição do seu corpo e das suas mãos.
Eles podem cobrir uma área de até 4,6 × 4,6 metros. Isso permite andar
pela sala interagindo com a realidade virtual, apesar de o HTC Vive ser
conectado a um hub por cabos de 5 m.
Quando você se aproxima dos limites da área coberta (ou de uma
parede), surge uma grade azul avisando que você está próximo de sair da
realidade virtual (ou de bater a cabeça). Também há um modo Chaperone
que usa a câmera Full-HD embutida na frente do headset: ela projeta o
mundo real na frente dos seus olhos.
Nós testamos o HTC Vive melhorado em janeiro, na feira CES. O headset
– feito para desenvolvedores e chamado de Vive Pre – evoluiu desde o
ano passado, e parece muito mais um produto de consumo finalizado.
Há um ano:

Hoje:

Eu o achei muito confortável de usar, embora o peso certamente seja
perceptível depois de um tempo. E, claro, o headset tem fios saindo
dele, então não é como se você estivesse em outra dimensão.
Os controles também ganharam refinamentos no visual. A ergonomia foi
melhorada com margens e texturas melhores, mas o princípio básico é o
mesmo: uma grande varinha com touchpad circular e um gatilho para cada
mão.
Há um ano:

Hoje:

A Nvidia fez uma demonstração da experiência Everest VR, que leva
você a uma viagem de realidade virtual até a montanha mais alta da
Terra. Parece um documentário da National Geographic, com narração e
tudo, mas inclui interatividade.
A parte mais atraente do Everest VR é quando você é convidado a
acompanhar guias Sherpa para atravessar uma ponte improvisada e
traiçoeiramente estreita ao longe de uma queda cavernosa.
Os gráficos são excelentes, e o que realmente vende a experiência são
os detalhes. Quando você olha para os controles reprojetados, você vê
pequenas luvas. Antes de cruzar a ponte, você pega um par de ferramentas
de ascensão que estão ligadas a cabos de cada lado. Então você anda. E
você anda muito devagar e com cuidado, com medo de cair e morrer.
É possível morrer nesta experiência se você sair do caminho? Não
tenho ideia, porque eu não tinha a intenção de descobrir! À medida que
você anda na ponte, os controles vibram, dando a sensação de que a
qualquer momento uma rajada de vento vai levar você embora.

No geral, a experiência foi perfeita. Depois de um pequeno engasgo
quando eu coloquei o headset, o sistema funcionou como planejado. O
rastreamento de posição do meu corpo e dos controles pareceu realista.
Eu nunca fiquei desorientado durante a demonstração, e graças a uma
grade que aparece quando você está perto da parede, eu nunca senti como
se estivesse prestes a colidir com ela. Eu não passei pelo enjoo que tive antes no Oculus Rift, numa aventura semelhante em realidade virtual.
Os gráficos ainda têm o “efeito tela mosquiteira” (screen door
effect), no qual você consegue ver tudo nitidamente, mas ainda percebe o
espaço entre os pixels. No entanto, a taxa de atualização era tão
rápida que eu podia girar minha cabeça sem as imagens engasgarem.
(Claro, o Vive estava conectado a um sistema potente da Nvidia que
permitia realizar este tipo de processamento gráfico.)
O HTC Vive é um concorrente real para o Oculus Rift, mas resta ver se
o preço salgado não irá impedir sua adoção por um público maior.
Fonte: Gizmodo