A
rede de computadores do Hollywood Presbyterian Medical Center, em Los
Angeles (EUA), foi "sequestrada" por um grupo de hackers, que pede um
resgate no valor de US $ 3,6 milhões (cerca de R$ 4,3 milhões). A fiança
é cobrada em troca da descriptografia do sistema e dos arquivos do
hospital, que estão há mais de uma semana offline.
Em
entrevista a rede norte-ameicana de televisão NBC LA, o presidente do
hospital, Allen Stefanek, disse ter decretado uma emergência interna.
Segundo ele, os sistemas da sala de emergência da entidade foram
afetados.
Alguns pacientes foram transportados para outros
hospitais devido ao incidente. Em outras partes do hospital,
computadores essenciais para várias funções --incluindo tomografia
computadorizada-- estão off-line.
Até que o processo de
investigação realizado pela polícia de Los Angeles e pelo FBI seja
finalizado os funcionários recorrem a aparelhos de fax e telefone. Os
registros médicos estão sendo realizados em papel.
Stefanek
disse que o ataque foi aleatório, mas não deu detalhes técnicos sobre o
ocorrido. O presidente também não deixou claro se o hospital teria ou
não back-up de todos os seus arquivos --o que minimizaria bastante os
possíveis dados das ações dos cybercriminosos.
A imprensa local
fala em um ransomware --um tipo de malware que restringe o acesso ao
sistema infectado e cobra um valor de "resgate" para que o acesso possa
ser reestabelecido.
Casos de ransomware não são novidades.
Escolas públicas e departamentos de polícia em todo o mundo foram alvos
deste tipo de ataque. A solução, na maioria dos casos, foi o pagamento
do resgate. Mas, o valor milionário da cobrança feita
ao Hollywood Presbyterian Medical Center tem inviabilizado a solução do
sequestro. O trabalho dos investigadores, portanto, é identificar aos
atacantes e tentar liberar os sistemas de seu alcance.
Caso no Brasil
Em setembro de 2015, diversos serviços administrativos da Prefeitura de
Guaranésia (MG) foram paralisados após o sequestro de seu sistema
interno de computadores. Os criminosos pediram US$ 3.000 (cerca de R$ 11
mil) para liberar o acesso à rede.
Na ocasião, a prefeitura
informou não ter dinheiro para pagar pelo resgate e disse que a solução
seria construir um novo sistema do zero.
Fonte: Uol