A ascensão dos brinquedos com inteligência artificial e o uso de
tecnologias que podem comprometer a segurança do usuário deixam muitas
dúvidas se as fabricantes de entretenimento estão prestando atenção
sobre a vulnerabilidade de seus produtos. Foi lançada, recentemente, a
nova Barbie da Mattel que possui inteligência artificial e pode
conversar com usuários como o serviço "Siri", por exemplo.
A boneca se chama "Hello Barbie" e pode responder
às perguntas pessoais das crianças, perguntas que são processadas e
enviadas aos servidores na nuvem via Wi-fi. Apesar de ser um atrativo,
muitos ativistas d segurança cibernética contestam essa função porque
pode expor a vida e a privacidade de uma criança, por exemplo.
A Mattel disse que nenhuma informação de crianças foi roubada ou
invadida por causa da Hello Barbie até agora. A ToyTalk é a parceira da
Mattel para desenvolver o software que dá essa capacidade de falar à
Barbie e, segundo as empresas, ela tem um "programa de recompensa" que
vai pagar investigadores que encontrarem falhas no brinquedo.
O especialista em segurança Ed Skoudis disse que a questão se resume à
qualidade da tecnologia que essas empresas estão usando. "Este material
é realmente primitivo na questão de segurança", disse ele, referindo-se
à lista crescente de brinquedos conectados no mercado, bem como outros
aparelhos domésticos que se conectam à Internet, como monitores de bebês
e medidores fitness.
Skoudis é um dos "cabeças" da empresa Counter Hack, uma associação
que procura falhas em redes de dispositivos conectados, incluindo
brinquedos. Segundo ele, esses produtos geralmente têm um computados
simples e tendem a vir com senhas padrão que podem ser facilmente
decodificadas. "Precisamos encontrar essas falhas e corrigí-las".
Fonte: Adrenaline