Desde que passou a ser obrigado a respeitar o direito ao esquecimento na Europa, em maio de 2014, o Google recebeu mais de 348 mil requisições no continente. Dados divulgados
pela empresa na última quarta-feira, 25, revelam que o Google teve de
analisar, individualmente, mais de 1,2 milhão de URLs, porque é comum
que uma única requisição envolva vários sites.
Quarenta e dois porcento dos links analisados acabaram sendo
retirados do sistema de buscas, o que equivale a cerca de 518 mil
páginas.
Não se sabe quais critérios o Google usa para julgar se deve ou não
sumir com um resultado, mas a empresa deu pistas de como age dando
exemplos de casos que passaram pelo seu crivo. Fica claro que pessoas
públicas têm chances menores de ter seus pedidos aceitos devido ao grau
de interesse da sociedade nos assuntos.
Mas os julgamentos não são simples arbitrariedades do Google. A
empresa dá o exemplo de um caso em que após remover links sobre um
“crime pequeno” cometido no Reino Unido, o Google foi obrigado pela
Justiça a remover também links que levavam a um jornal que noticiou a
primeira ação.