E o governo definiu finalmente o quanto quer receber pela migração
das rádios AM para a faixa de frequência das FM. Conforme Portaria do
Ministério das Comunicações assinada nesta terça, 24/11, os preços
variam de R$ 8,4 mil em cidades pequenas, de até 10 mil habitantes, a R$
4,4 milhões para São Paulo. No último dia 18, o portal Convergência Digital antecipou parte da estratégia a ser adotada.
“Os preços não são irrisórios, mas a tabela de valores contempla as
características regionais e a capacidade econômica do setor”, comemorou o
presidente da Abert, Daniel Slaviero, durante cerimônia no Palácio do
Planalto, onde também estiveram representantes de 300 rádios.
A anfitriã destacou que a migração trará dois grandes benefícios.
“Primeiro, aumentará a qualidade da transmissão eliminando os ruídos.
Segundo, propiciará condições técnicas para que as rádios transmitam via
internet a sua programação para celulares e tablets”, disse a
presidenta Dilma Rousseff.
De fato, o setor que ficou até aqui sem digitalização da transmissão, aposta
na rede para garantir o futuro. Mas como lembra Slaviero, “são mais de
250 milhões de smartphones e tablets no Brasil e eles só conseguem
sintonizar o sinal gratuito na faixa de FM”.
A Portaria 6467/15, do Minicom, traz tabelas com os valores para cada
‘tipo’ de município, que leva em conta o potencial econômico e o
alcance das transmissões. Tabelas com os valores e os índices de cada
município podem ser conferidas aqui e aqui.
A decisão por migrar para FM teve que ser tomada bem antes de os
radiodifusores conhecerem os preços. Para a Abert, por isso “apenas”
1.386 das 1.781 rádios AM pediram a troca. Apesar da demora, a definição
se baseou muito em proposta das próprias emissoras – mas ficou com valores mais altos.