Hackers associados ao governo chinês tentaram invadir pelo menos sete
empresas norte-americanas nas últimas três semanas desde que Washington
e Pequim concordaram em não espionar um ao outro por motivos
comerciais, de acordo com uma proeminente empresa de segurança dos
Estados Unidos.
A CrowdStrike disse que o software que instalou
em cinco empresas tecnologia dos EUA e duas empresas farmacêuticas
detectou e repeliu os ataques que começaram em 26 de setembro.
Em
25 de setembro, o presidente Barack Obama disse que havia fechado
acordo com o presidente Xi Jinping de que nenhum dos governos apoiaria
intencionalmente roubos de segredos corporativos para apoiar negócios
domésticos. O acordo não chegou a restringir a espionagem para obter
segredos dos governos, incluindo aqueles mantidos por empreiteiros
privados.
O cofundador do CrowdStrike Dmitri Alperovitch disse
em uma entrevista que acreditava que os hackers que atacaram as sete
empresas estavam associados ao governo chinês baseado em parte nos
servidores e softwares que utilizaram.
A porta-voz do Ministério
das Relações Exteriores da China Hua Chunying repetiu que o governo
chinês se opõe a todas as formas hackear ou roubar segredos comerciais.
"Ataques de hackers na Internet estão marcados por sua natureza secreta e
transgressora", disse ela, em uma entrevista com jornalistas.