A filial norte-americana do instituto Kantar, empresa do conglomerado britânico WPP que se tornou dona do Ibope neste ano,
divulgou em setembro uma pesquisa sobre a quantidade de vezes que
usuários de iPhone nos Estados Unidos destravam a tela para utilizar o
celular. Em um grupo de 4 mil participantes, a faixa dos 17 aos 25 anos
de idade checaram seus aparelhos em uma média de 123 vezes por dia. O
que dá uma média de cerca de 8 vezes a cada hora acordado (contando 8
horas de sono).
Para se ter uma ideia, o número representa o
dobro de vezes com que donos de iPhones acima de 46 anos fazem isso. Na
faixa dos 46 aos 55 anos, estes verificam os telefones cerca de 63 vezes
por dia, enquanto os maiores de 56 o fazem 46 vezes por dia. A média
geral de todas as idades estudadas (acima de 17 anos) é de 83 vezes por
dia. O levantamento foi realizado entre os dias 1º de junho e 21 de
setembro deste ano.
"Se você é um jovem adulto e possui um iPhone, as únicas ações
físicas que você pode realizar mais vezes por dia do que verificar o
telefone são respirar, engolir saliva e piscar. Nenhuma dessas ações são
voluntárias, o que significa que esses usuários provavelmente optam por
usar seus telefones com mais frequência do que optam fazer qualquer
outra coisa", diz o site da empresa.
"Os dois extremos desse
grupo, de 17 e 35 anos, são muito diferentes em termos de estágio de
vida", observa o analista da Kantar Sean Swalwell. "Os números caem
muito rapidamente quando os usuários chegam aos 20 anos". A
possível razão para isso, diz ele, é a entrada no mercado de trabalho.
Os dados também sugerem que o sexo não tem influência sobre o
hábito, pois detectaram pequenas diferenças entre o número médio de
vezes que os homens e mulheres dentro de cada faixa de idade verificaram
os iPhones.
Para realizar a pesquisa, o instituto instalou
nos celulares dos participantes um aplicativo que capta todas as
atividades diárias deles. O estudo levou em conta apenas usuários de
iPhone porque o sistema operacional Android não oferece um processo de
desbloqueio de tela universal em seus smartphones, sendo um fator
complicador na metodologia usada.
Fonte: Uol