Algumas operadoras, como TIM e Claro, oferecem pacotes de celular com WhatsApp que não desconta da franquia
– desde que você não faça ligações por voz, é claro. A Vivo, por outro
lado, tem algumas palavras duras para dizer sobre o aplicativo.
Amos Genish, presidente da Telefônica Brasil e fundador da GVT, disse
no congresso da ABTA 2015 que “não vai acontecer nunca uma parceria com
o WhatsApp… o fato de trabalharem contra as leis brasileiras é
pirataria pura”, segundo o Estadão.
Genish diz que “o fato de existir uma operadora trabalhando no Brasil
sem licença é um problema”, apontando que isso pode abrir precedente
para outras empresas semelhantes.
Mas qual é a diferença entre o WhatsApp e outros serviços enormes que
também oferecem VoIP gratuito, como o Skype e o Facebook Messenger?
Aparentemente, o problema é que o app tem como base o seu número de
celular, mas não paga por isso.
“O serviço de voz deles usa os nossos números de telefone. Nós
pagamos R$ 4 bilhões de FISTEL [um dos impostos que financiam a Anatel].
Eles não pagam nada. Isso está equivocado demais”, disse Genish segundo o Convergência Digital.
Até o Facetime e iMessage, da Apple, entraram no meio: para Genish, a
diferenciação em relação a chamadas e SMS é mínima e pode levar
a confusão, segundo o Mobile Time.
De acordo com o Telesíntese,
ele reiterou o argumento: “não é admissível uma empresa prover serviço
de voz sem licença do regulador, usando os números das demais operadoras
e sem pagar impostos… como competir com uma empresa que não tem
encargos fiscais, regulatórios e nem legais?”
Por sua vez, José Felix, presidente da América Móvil Brasil – que
comanda a Claro e a NET – disse: “não sou contra, nem a favor, mas me
preocupa a falta de equilíbrio”.
Por trás de tudo isso, a preocupação parece se resumir a dinheiro.
Felix lembra que a receita de voz tem diminuído nos últimos tempos, mas
diz não ser possível analisar qual parte disso se deve ao WhatsApp.
Genish, da Vivo, disse algo semelhante.