O desembarque da norte-americana AT&T no mercado brasileiro, ela
comprou a DirectTV, dona da Sky, cria um clima de expectativa entre os
players do setor. Como os planos da companhia não foram ainda revelados -
a Sky não participa da ABTA 2015, evento do setor que acontece em São
Paulo - há muita indefinição se a AT&T vai atuar em todos os
segmentos, entre eles, o de telefonia e banda larga, com outros serviços
além do LTE fixo da Sky.
Mas para o presidente da América Móvil,
José Félix, o mercado brasileiro não comporta um concorrente como a
AT&T. "Se eles chegarem com força, será um grande problema. Hoje
temos três e meio (referindo-se à TIM, com os acordos com as OTTs) e já
não há muito espaço para mais gente jogar esse jogo", disparou em painel
sobre o futuro do mercado da TV paga.
Os presidentes da Oi,
Bayard Gontijo, e da Vivo/GVT, Amos Genish, foram mais polidos.
Preferiram dizer que desconhecem os planos da AT&T para o Brasil, e
preferiram falar dos próprios projetos. A Oi manterá a mira no serviço
DTH, uma vez que está presente em 4880 municípios. A Vivo/GVT está
reestruturando seu portfólio, mas terá uma grande aposta nos combos - e
em pacotes mais fléxiveis para fidelizar os clientes.
Uma
certeza dos executivos: a classe C, que tem aproximadamente 27 milhões
de pessoas, está vivendo um momento complicado com a fragilidade da
economia, e foi a grande responsável pelo impulso do mercado no últimos
anos. Mas Gontijo, da Oi, não planeja mudar a estratégia. "Continuaremos
olhando esse público. Eles fizeram a telefonia móvel ser o que é. É
claro que eles sentem a crise, mas ela não vai durar para sempre. Temos
que ter criatividade", pontuou. Vivo e América Móvil, em especial a NET,
têm a base mais ligada às classes A e B, e registraram, segundo seus
executivos, crescimento, mesmo com o momento pior.
Fonte: Convergencia Digital