As maiores operadoras de telefonia celular do Brasil reduziram a base
de linhas ativas entre maio e junho em cerca de 1,7 milhão, em uma
estratégia que marcou o desligamento de mais de 2 milhões de acessos
pré-pagos, tidos pelo setor como menos rentáveis.
Com isso, o
país encerrou junho com uma base de 282,45 milhões de linhas ativas de
telefonia móvel, queda de 0,6 por cento sobre maio, e perto do nível
verificado em fevereiro deste ano. Na comparação com junho do ano
passado, a base ainda assim mostrou crescimento, de 2,4 por cento,
segundo dados divulgados nesta segunda-feira pela Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel).
No segmento pré-pago, a base de
acessos total somou em junho 211,4 milhões, uma queda de 1 por cento
sobre maio e queda também em relação ao total de 212,3 milhões do final
do primeiro semestre do ano passado.
Enquanto isso, as linhas
pós-pagas, consideradas mais rentáveis pelas operadoras, cresceram o
total em 0,65 por cento entre maio e junho deste ano, para 71 milhões.
Um ano antes, esta base era de 63,4 milhões de acessos.
A
redução no número de linhas celulares ativas no país foi registrada em
todas as quatro grandes operadoras: Vivo, TIM, Claro, do grupo América
Móvil; e Oi. Enquanto as operadoras menores Nextel, Algar e Porto Seguro
ampliaram suas bases de linhas ativas.
A maior redução de base
entre maio e junho ocorreu na TIM, um corte de 673,6 mil linhas móveis. A
Vivo eliminou de sua base 428,4 mil acessos, a Claro teve corte de
396,3 mil e a Oi encerrou o mês com menos 307,6 mil acessos ante maio,
segundo os dados da Anatel.
Apesar dos cortes na base nacional,
as maiores operadoras, com exceção da TIM, terminaram junho com poucas
mudanças em suas participações de mercado em relação a maio. Procurada, a
companhia controlada pela Telecom Italia não comentou o assunto.
A Vivo permaneceu na liderança com fatia de 29,26 por cento ante 29,24 por cento em maio e 28,78 por cento em junho de 2014.