Cuba abriu 35 pontos de Internet sem fio, oferecendo acesso on-line
sem precedente em um país que até agora tem restringido o uso da rede
mundial de computadores a uma elite.
Antes de os sinais de Wi-Fi
se tornarem disponíveis nesta quarta-feira, o acesso à Internet banda
larga era limitado apenas a computadores em ambientes estatais e hotéis
caros.
"Já era hora de Cuba ser capaz de se conectar. Todos têm
direito à Internet", disse Alejandro Costa, que utilizou Wi-Fi nesta
quinta-feira. O serviço estava disponível para aqueles que anteriormente
habilitaram uma conta com o monopólio estatal de telecomunicações
Etecsa.
Seja por causa de uma falta de investimento ou
preocupações sobre o fluxo de informações em um Estado comunista que
monopoliza a mídia, Cuba tem ficado para trás no uso da Internet. Apenas
3,4 por cento dos lares cubanos têm intranet ou acesso à Internet, de
acordo com uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU).
Em uma rua de Havana conhecida como La Rampa, os cubanos levam
smartphones novos e antigos, sejam comprados em lojas estatais, no
mercado negro, ou recebidos como presentes de amigos e parentes no
exterior. Eles navegam principalmente no Facebook.