Nessa semana, a IBM testou com sucesso um chip que envia dados por meio
de pulsos de luz em vez dos sinais elétricos utilizados nos modelos
tradicionais. Isso faz com que ele se comunique de maneira mais rápida
com outros componentes e deve permitir, segundo a empresa, a
transferência de 100 gigabits de dados por segundo.
Com essa
velocidade, seria possível transferir um filme em qualidade HD a cada 2
segundos, seis milhões de imagens por segundo ou, ainda 63 milhões de
tweets por segundo.
A tecnologia, no entanto, não é voltada para
computadores de uso pessoal. Segundo a IBM, seu principal público alvo
são grandes servidores e bancos de dados. Como a indútria de tecnologia
da informação atualmente requer a análise de volumes enormes de dados em
tempo real, uma forma de transmitir dados com essa velocidade pode ser
bastante benéfica.
Funcionamento
O chip
fotônico da IBM trabalha com quatro diferentes \"cores\" de lasers,
viajando cada uma por um canal independente de fibra óptica, cada uma
das quais é capaz de transmitir 25Gbps de informação. Esses quatro
lasers podem ser interpretados simultaneamente pelo chip, por meio de
uma tecnologia chamada \"multiplexing\", para enviar ou receber até
100Gbps de dados.
Embora o uso de pulsos de luz para transmitir
dados já fosse uma tecnologia relativamente estabelecida, esse é o
primeiro chip fotônico capaz de combinar os quatro canais de luz por
meio \"multiplexing\". Os pesquisadores envolvidos acreditam que a
substituição de sinais elétricos por pulsos de luz pode ser uma
revolução tão grande na produção de chips quanto a incorporação de fibra
óptica foi para as telecomunicações.
Além de permitir maior velocidade na transmissão dos dados, essa
tecnologia pode reduzir pela metado o custo de manutenção de servidores -
que atualmente utilizam fios de cobre para transmitir informações. A
transmissão por meio de pulsos de luz também é mais eficiente quanto ao
uso de energia, já que não ocorre perda de energia por calor como nos
fios de cobre.
Fonte: Olhar Digital