Ao participar do evento Mobile360Series Latin America, evento da GSMA
que acontece nesta quarta-feira, 13/05, no Rio de Janeiro, o presidente
do Google Brasil, Fábio Coelho, afirmou que o projeto Loon, que prevê o
acesso à Internet em áreas sem infraestrutura de rede por meio de
balão, é a prioridade da empresa no país.
O executivo deixou claro que não faz parte dos planos – no curto e
médio prazo – investir em rede própria de fibra óptica no Brasil,
diferentemente da estratégia adotada pela empresa nos Estados Unidos e
na África, onde está construindo redes próprias. Também não há planos
para trazer o negócio de MVNO, que a titã da Internet iniciou nos
Estados Unidos, em parceria com a Sprint e com a T-Mobile.
O
investimento prioritário do Google no Brasil para telecomunicações é
ampliar o piloto com o uso de balões para o acesso à Internet em áreas
carentes de infraestrutura. Batizado de projeto Loon, a iniciativa teve
dois pilotos no mundo – um na Nova Zelândia e outro no Brasil, em
parceria com a Telefônica e a Telebras numa escola no interior de Piauí,
no ano passado.
“Foi muito importante fazer esse projeto. Ele
trouxe resultados, mas já percebemos que é preciso fazer evoluções
tecnológicas. Uma delas é diminuir a altura dos balões para que eles
possam vir a atuar como canal de retorno do LTE”, explicou Fábio Coelho,
em sua participação em painel que discutiu a inclusão digital na
América Latina.
O presidente do Google Brasil não quis revelar quando será realizado
um segundo piloto, mas deixou claro que ele vai acontecer. “Não quero
precisar data porque há questões tecnológicas envolvidas. Ma o acesso
via balão é uma maneira nossa para viabilizar a inclusão digital no
Brasil”, reforçou.
Com relação ao conflito OTTs x Teles, Fábio Coelho deixou claro que é
necessário que todos os atores do negócio de telecomunicações trabalhem
de forma mais colaborativa. Segundo ele é hora de explorar novos
caminhos. “Temos a obrigação de dar mais inteligência e eficiência às
infraestruturas já existentes. A economia do século 21 pressupõe
colaboração”, completou.
Fonte: Convergencia Digital