POR R$ 4.299, GALAXY S6 EDGE TEM DESIGN CAPRICHADO E PECA PELO ALTO PREÇO
5/12/2015
A Samsung veio com chumbo grosso contra a concorrência, pois o Galaxy
S6 Edge é, com certeza, um dos melhores smartphones Android do mercado, é
bonito e tem uma câmera principal de fazer inveja. Porém tudo isso tem
um preço muito salgado.
A empresa sul-coreana posicionou o aparelho em uma categoria inaugurada
pela Apple com o iPhone 6: a dos smartphones absurdamente caros, na
casa dos R$ 4.000.
O modelo testado pela reportagem, o Galaxy S6 Edge de 64 GB, custa R$
4.299 (o mesmo valor do iPhone 6 Plus equivalente) e deixou a desejar
pela fragilidade e pela bateria, com menos capacidade que seu
antecessor. Em tempo, há uma versão pouco mais barata do Galaxy S6 Edge
com 32 GB de armazenamento e que custa R$ 3.799 Veja a seguir os
principais destaques:
Estiloso e frágil
O Galaxy S6 Edge é daqueles aparelhos que impressiona. Durante as quase
duas semanas de teste da reportagem, todos perguntavam ou pediam para
ver o aparelho – sobretudo os detalhes da tela curva nas laterais.
De fato, o dispositivo chama a atenção pelo uso de novos materiais.
Pela primeira vez, a Samsung trocou o plástico presente em quase toda a
linha Galaxy S por metal e vidro, que vêm sendo usados desde o iPhone 4
pela Apple em 2010.
O S6 Edge é um "sanduíche" de telas (a parte traseira também é de
vidro), cujo "recheio" é composto de metal. Ponto positivo para a
empresa que foi sempre criticada por vender aparelhos top de linha com
um corpo de plástico.

Foto lateral do Galaxy S6 Edge; ele é como um "sanduíche" de vidro recheado de metal
O dispositivo da Samsung foi um dos poucos smartphones que deram medo
de andar na rua. Não só pelo valor, mas pela tela frontal de 5,1
polegadas Amoled QuadHD, que ocupa muito mais espaço que em outros
dispositivos, cujos displays contam com uma "moldura".
Basicamente, isso aumenta a chance de o smartphone ser danificado
quando a tela cair. Mas, sem a tela curva, o Galaxy S6 Edge não seria
tão glamouroso. É uma questão de escolha: design e status com o S6 Edge
ou formas mais sóbrias e clássicas com o Galaxy S6?
Ele não chega a ser um "sabonetão", um aparelho que escorrega fácil nas
mãos. No entanto, os desastrados devem apelar para uma capinha (de
preferência que cubra a parte frontal) para não darem chance ao azar.
Hardware: bateria menor que o S5 e processador esperto
Por dentro, o S6 Edge fica à altura de seus aspectos exteriores
físicos. O processador de oito núcleos (sendo dois chips quad-core) e a
memória RAM de 3 GB (Gigabytes) não negam fogo – dá conta de jogos
pesados e não trava mesmo com o recurso da Samsung que permite abrir
mais de um app ao mesmo tempo – lembrando que funciona apenas com alguns
programas.
A bateria do S6 Edge é menor que a do seu antecessor, o Galaxy S5. O
antigo tem capacidade de 2.800 mAh (miliampère hora), enquanto o novo
tem 2.600 mAh. Na prática, o novo aparelho da Samsung aguentou 14,5
horas conectado a uma rede 4G: saí de casa às 9h com carga cheia e o
aparelho "morreu" às 23h30.
Guilherme Tagiaroli/UOL
Durante testes, bateria do Samsung Galaxy S6 Edge durou em média 14,5 horas
Durante esse tempo, tirei fotos, joguei "Duet" e "Temple Run" (games
simples), ouvi música offline em um aplicativo, usei conexão 4G por pelo
menos quatro horas, fiquei conectado a uma rede Wi-Fi por oito horas e
fiz ligações.
Apesar da redução de bateria em relação ao S5, o S6 Edge consegue
carregar o aparelho em menos tempo. Na hora do aperto, é possível usar o
telefone por quatro horas com apenas dez minutos de carga.
Câmera boa até no escuro
A câmera do Galaxy S6 Edge dá sinais de que a empresa não joga mais
para a torcida ao aumentar drasticamente os megapixels do smartphone.
Também melhorou a lente. Talvez essa seja a melhor que um telefone da
Samsung já fez.
O sensor traseiro do novo dispositivo tem 16 megapixels (igual ao S5),
com estabilização óptica e lente com abertura f 1.9 -- quanto menor for o
"f", maior será a captação de luz do local – o que ajuda a tirar fotos
em ambientes escuros.

Foto tirada com o S6 Edge por volta das 18h20; sensor capta bem ambientes escuros
Clicar com ela não tem erro: ao dar dois toques no botão principal do
aparelho, ela já é acionada e fica pronta para tirar fotos. O tempo de
foco é minúsculo. Sendo sincero: só saem fotos ruins se houver algum
tremelique muito forte.
A câmera frontal também não deixa a desejar para tirar selfies. O
sensor de 5 megapixels dá conta do recado. O aparelho tira fotos em modo
HDR (que capta imagens com diferentes exposições à luz e depois as
une), o que ajuda bastante a tirar fotos em locais menos iluminados e
também tem abertura da lente 1.9.
A interface vem com modos de câmera simples, como "automático", "foco
seletivo", "panorama", "pro", entre outros. No entanto, o usuário pode
ter acesso a outros gratuitamente na loja da Samsung. Ao entrar na
câmera e tocar na opção "modos", há um ícone baixar, onde é possível
adicionar funcionalidades como: "gif animado", "embelezar rosto",
"selfie com câmera frontal", entre outros.
Interface: mais do mesmo e algumas surpresas
O Galaxy S6 Edge vem com o sistema Android 5.0.2 (Lollipop). No
entanto, ele conta com uma pequena mudança na interface gráfica feita
pela fabricante sul-coreana chamada TouchWiz – usada em todos os
aparelhos da empresa. De resto, ele traz o mesmo jeitão dos outros
aparelhos da marca.
Ela tem algumas pequenas mudanças, como o aplicativo para fazer
chamadas e o que organiza contatos, que tem um visual mais clean. Outra
mudança é a função de contatos VIP, que aproveita a curvatura da tela
para mostrar notificações.
Com esse recurso, o usuário pode configurar alguns contatos
importantes. Quando algum deles ligar ou enviar mensagem, o telefone
emitirá uma luz de uma cor específica. Dessa forma, mesmo numa reunião
com o celular virado para baixo, será possível saber quem está tentando
entrar em contato.
Para mostrar que não tem apenas um corpo bonito, a Samsung oferece
ainda algumas vantagens aos compradores do caro Galaxy S6 Edge: 100 GB
de armazenamento no serviço OneDrive, da Microsoft; seis meses gratuitos
do serviço de streaming Google Play e ainda um livro gratuito por mês
na loja virtual da Amazon.
Na Galaxy Apps, loja de apps da empresa sul-coreana, é possível baixar
vários programas e games com desconto ou com vantagens. Há, por exemplo,
uma versão do app Shazam sem propagandas e seis meses de assinatura
premium do programa Pocket.
Conclusão
Com o Galaxy S6 Edge, a líder do segmento de smartphones no Brasil quis
mostrar que, além de aparelhos baratos e de nível intermediário, sabe
também brigar pau a pau em qualquer categoria – inclusive na dos
aparelhos absurdamente caros.
O smartphone é lindo e tem uma das melhores câmeras do mercado. No
entanto, o preço é astronômico para o brasileiro médio: são quase cinco
salários mínimos pelo aparelho. Além disso, a bateria é menor que seu
antecessor – o que pode prejudicar quem curte games pesados e não tem
sempre um carregador por perto.
No fim das contas, o Galaxy S6 Edge não é necessariamente o aparelho
que você precisa, mas é a tentativa da empresa de melhorar sua reputação
em um mercado que já atuava, mas agora com um candidato à altura
(talvez melhor) dos aparelhos da maçã.
Direto ao ponto: Galaxy S6 e Galaxy S6 Edge
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Conectividade: Wi-Fi, 3G e 4G LTE.
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Tela: 5,1 polegadas quad-HD (2560x1440) com 557 ppi (pixels por polegada).
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Processador: Octa-core, sendo quatro de 2,1 GHz e outros quatro com 1,5 GHz.
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Memória RAM: 3 GB DDR 4.
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Câmeras: traseira é 16 megapixels com estabilização óptica; a frontal é de 5 megapixels.
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Sistema operacional: Android Lollipop 5.0 com interface TouchWiz, desenvolvida pela Samsung.
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Armazenamento: 32 GB e 64 GB (sem expansão com cartão de memória).
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Sensores: monitor cardíaco, acelerômetro, barômetro, proximidade.
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Dimensões e peso: 142,1 x 70,1 x 7,0 mm e 132g (S6 Edge).
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Bateria: 2.600mAh (Galaxy S6 Edge).
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Preço: R$ R$ 3.799 (32 GB) e R$ 4.299 (64 GB).
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Pontos positivos: design invocado, alto desempenho e câmera que tira fotos boas até no escuro.
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Pontos negativos: supercaro; como a tela ocupa mais espaço na parte frontal, aparelho fica mas suscetível a quebrar.
Fonte: Uol
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