COMO É A EXPERIÊNCIA DE JOGAR EM UM NOTEBOOK DE R$ 10 MIL?
4/16/2015

A prática do PC Gaming sempre acompanhou a indústria de jogos, mas nos
últimos anos, com a ampliação do abismo entre o poder de processamento
gráfico dos consoles e das placas de vídeo de última geração nos
computadores, mais e mais “consolistas” estão sendo atraídos para o
outro lado da força.
Nem todo mundo, no entanto, tem a paciência,
nem o conhecimento para buscar as peças necessárias para criar seu
próprio computador do zero. É nessa brecha que entra a Avell, uma marca
brasileira que, mais do que apenas um PC, quer vender notebooks de alto
desempenho para jogos. A empresa possibilita a escolha das peças que
serão incluídas no produto final e realiza a montagem.
Tivemos a
oportunidade de testar um dos modelos oferecidos pela empresa, o G1740.
Ao saber que era possível personalizar o aparelho que receberíamos para
teste, decidimos “chutar o pau da barraca” e pedimos tudo no máximo. O
resultado que chegou à nossa redação foi um laptop gigante que custaria
mais ou menos R$ 10 mil se fôssemos comprá-lo na loja da empresa.
Dentro do notebook, configurações que fariam inveja a uma boa parte dos
desktops para jogos, montados pensando em custo-benefício. Um
processador Intel Core i7-4710MQ de 2,5 GHz, aliado a uma GPU Nvidia
GeForce GTX 970M com 6 GB de memória dedicada. Como se já não fosse o
suficiente, também colocamos 32 GB de memória RAM. Sim, é exagero.
Apenas 16 GB já são mais do que o bastante para qualquer jogo, mas por
que estabelecer limites? Também colocamos 1 TB de HD junto com 128 GB de
SSD para aliar espaço e velocidade, o que faz com que o computador seja
ligado em cerca de 5 segundos.
A tela de 17 polegadas é
preenchida com uma resolução de 1920x1080, o que é uma pena; pelo preço,
talvez fosse o momento de começar a pensar em displays 2K ou, por que
não?, 4K. A tela é, infelizmente, um limitador do potencial gráfico de
seus componentes.
Talvez você tenha reparado em uma informação
específica apresentada no parágrafo acima. Uma tela de 17 polegadas é
gigante para os padrões de notebooks. Isso significa que o restante do
aparelho é enorme. Além disso, a necessidade de espaço para componentes
de alto desempenho também faz com que o notebook seja grosso e,
infelizmente, bastante pesado. Resumindo: a portabilidade foi para o
brejo. Andar com um desses nas costas requer uma mochila bem grande e
uma coluna resistente.
Para quem exige números que expliquem um pouco melhor o que foi dito
logo acima, as medidas impressionam. Ele mede 41,1 cm x 27,6 cm, com uma
espessura incrível de 4,25 centímetros. Ele lembra bastante aqueles
notebooks especiais ultrarresistentes utilizados em construções, ou em
situações de guerra, ficando em um espectro de tamanho diametralmente
oposto ao que vemos hoje no mercado de laptops comuns (para referência, o
novo MacBook tem 1,31 cm de espessura). O peso de um brinquedo desses:
3,98 quilos.
Sua carcaça espaçosa é bem construída, utilizando um
material emborrachado que é bastante agradável ao toque. Todo o seu
visual, no entanto, é feito para criar a impressão do “gamer radical”. O
teclado chiclete é retroiluminado, com a opção de que as cores fiquem
mudando a cada segundo, e todo o exterior do notebook é todo angular, em
contraste com os designs curvilíneos que se tornaram padrão da
indústria.
Desempenho
Mas, afinal de contas, do que esse
brinquedinho é capaz? Bom, praticamente de tudo, mantendo uma taxa de 60
quadros por segundo, ou algo próximo disso. Até mesmo GTA 5,
recém-lançado, é capaz de ser executado na resolução 1920x1080 a 60 fps.
Como a tela é um fator limitante, não há motivo para se aventurar em
resoluções mais altas, no entanto. Portanto, vocë tem em mãos um
computador potente o suficiente para rodar qualquer jogo que já exista e
que venha a sair num futuro próximo.
Um fator importantíssimo para garantir a qualidade do
notebook para jogos é a sua ventilação. É por isso que há dois coolers
na parte inferior, já que o laptop deve e ficar muito quente durante uma
sessão com games mais pesados.
Para manter o notebook funcionando mesmo em situações
absurdas de consumo de eletricidade, o modelo é acompanhado por uma
fonte externa de energia grande e pesada, com saída de 230 watts, que
deverá ser o suficiente para evitar que o computador se desligue
sozinho. Ela tende a esquentar um pouco, porém, como já era de se
esperar.
O problema é o custo-benefício do notebook. Você tem, sim,
um computador potente o suficiente para satisfazer suas necessidades
“gamísticas”, mas seria possível adquirir um desktop com capacidade
similar pagando menos da metade do preço. Quando falamos em componentes,
há três fatores: tamanho, preço e desempenho. Você só pode escolher
dois. Se optar pela dupla tamanho-desempenho, necessária para um
notebook de jogos, pagará muito mais caro por isso, como é o caso deste
modelo da Avell.
O pior é que o notebook também não é muito “móvel”, pelo
fato de ser gigante e pesado. É improvável um cenário em que uma pessoa
coloque este computador na mala para sair passeando com ele, a menos que
o usuário costume viajar com frequência. Também não dá para esperar
muito da bateria; ela não vai proporcionar muito tempo de jogatina sem a
necessidade de plugar o aparelho em um cabo para recarga.
Conclusão
O Avell G1740 é uma prova
viva de que é possível colocar muito poder bruto em um espaço
razoavelmente pequeno, se você tiver o dinheiro e o desprendimento
necessário para investir em uma máquina deste tipo.
Você pode adquirir uma versão do laptop bem menos
exagerada, que sairia consideravelmente mais barata. No entanto, várias
restrições se manteriam: o produto continuaria pesado e grande demais
para ser verdadeiramente portátil, e sua bateria certamente continuaria
não ajudando. Para manter o computador guardado em casa, é uma ideia
melhor comprar um desktop para jogos.
Mas
se você tem o dinheiro e só quer algo que economize espaço na sua sala
ou quarto, você certamente não se decepcionará com o aparelho.
Fonte: Olhar Digital
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