O número de "ransomwares", programas maliciosos que "sequestram" o
controle de computadores, tablets e smartphones e pedem dinheiro de
resgate do usuário, aumentou 113% no mundo em 2014, segundo o relatório
anual da empresa de segurança Symantec.
A variante deste programa lucrativo, o "cryptolocker", que retém os dados pessoais, provocou 45 vezes mais vítimas que em 2013.
"A cibercriminalidade voltou a crescer em 2014, com 317 milhões de
programas maliciosos novos em nível mundial, ou seja, quase 1 milhão por
dia", afirmou à AFP Laurent Heslault, especialista em segurança
cibernética da Symantec e Norton.
O número de dias que os
técnicos precisam para detectar e corrigir as falhas que permitem os
ataques também disparou: 59 dias de média contra apenas quatro em 2013, o
que dá mais tempo aos hackers para aproveitar as falhas.
O
relatório da Symantec aponta uma mudança de tática dos criminosos
cibernéticos, que invadem as redes das grandes empresas e conseguem
passar despercebidos.
"Muitos [hackers] são capazes de fazer
com que as empresas provoquem a autoinfecção por meio de cavalos de
Troia quando atualizam os programas. Esperam pacientemente que seus
alvos façam os downloads das atualizações infectadas, obtendo assim um
acesso livre à rede da empresa", afirmou Heslault.
"Não precisam forçar a porta da rede se a chave está ao alcance da mão", completou.
De acordo com o relatório, Estados Unidos, China e Índia são os países nos quais a cibercriminalidade é mais ativa.
Fonte: Uol