Recipientes plásticos para vários tipos de materiais representam um
problema de desperdício ou trabalho extra para o consumidor. Basta
lembrar o sufoco para tirar o restinho de ketchup ou maionese da
embalagem, bem como para espremer o finalzinho da pasta de dente do
tubo. É aí que entra o LiquiGlide, uma substância que quer acabar com
estas situações incômodas.
O projeto começou a ser desenvolvido em 2012 no MIT (Instituto de
Tecnologia de Massachusetts), utilizando um material que reveste as
embalagens internamente para evitar desperdício e poupar tempo do
consumidor. O professor Kripa Varanasi junto de seus estudantes, acabou
criando uma empresa dedicada apenas a este projeto, que parece estar
ganhando força lá nos Estados Unidos.
A explicação para o fato de perdermos tanto tempo e desperdiçarmos tanto
com embalagens de plástico é a viscosidade dos líquidos armazenados,
que não fluem sem um impulso forte. Para isso foi criado o LiquiGlide,
que adere com muito mais força a superfícies texturizadas do que
líquidos, permitindo que o conteúdo da embalagem deslize para fora com
mais facilidade, agindo como uma espécie de lubrificante.
Seus responsáveis não vão revelar a “fórmula secreta”, mas eles
afirmam que a composição varia de acordo com o propósito. Qualquer
recipiente de alimentos utilizará um composto a base de materiais
comestíveis como vegetais.
O projeto já encontrou aplicações comerciais. Elmers Products, uma
empresa fabricante de cola nos Estados Unidos, já firmou contrato com a
LiquiGlide. Também já está agendado o lançamento de um pote de maionese
antiaderente para este ano e uma embalagem de pasta de dente econômica
prevista para 2017.
No entanto, o objetivo original do LiquiGlide vai além do mercado
consumidor. Varanasi pensava nas aplicações industriais quando idealizou
o projeto, facilitando o bombeamento de petróleo, por exemplo. Por mais
que produtos para consumo tenham se antecipado, a empresa continua
procurando a indústria.
Fonte: Olhar Digital