Associações comerciais que representam grandes provedores de Internet
dos Estados Unidos devem liderar ações judiciais contra a Comissão
Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês) sobre a nova regulação
do tráfego na Web, segundo diversas pessoas familiarizadas com o plano.
Empresas de telecomunicações e de cabo dos EUA disseram
que iriam desafiar as recentes regras de "neutralidade da rede" da FCC
nos tribunais. Mas, pelo menos algumas empresas, incluindo a Verizon
Communications, não estão planejando entrar com ações individuais e, em
vez disso, pretendem participar por meio de grupos de comércio, disseram
as fontes.
Tal abordagem permitiria que as companhias unissem seus
esforços judiciais, evitando confrontos individuais, como fez a Verizon
ao desafiar a versão anterior das regras de neutralidade de rede em
2010.
Pelo menos três grupos de comércio são esperados para
apresentar ações legais: CTIA-The Wireless Association, a Associação de
Telecomunicações e Cabo e a associação de banda larga USTelecom,
disseram as fontes. Os três grupos de comércio não quiseram comentar o
assunto.
Outros grupos como Associação de Cabo Norte-Americana e
Associação Nacional dos Fabricantes estão considerando a possibilidade
de participar do contencioso, disseram representantes.
"Acreditamos que haverá bastante litígio, provavelmente
liderado por associações da indústria", disse o vice-presidente
financeiro da Verizon, Fran Shammo, à Reuters esta semana.
A operadora não deve apresentar uma ação judicial
individual, disse uma fonte da indústria próxima ao plano da Verizon,
citando as preocupações da empresa compartilhadas com outros membros de
associações comerciais.
A T-Mobile também disse na quarta-feira que não estava
planejando se envolver em ações judiciais neste momento. "Nós não
conversamos com as pessoas que estão falando sobre o litígio", disse o
diretor de tecnologia da empresa, Neville Ray, em entrevista.
Prestadores de serviços de Internet como Verizon,
AT&T e Comcast criticaram o voto da FCC no mês passado para regular a
banda larga como um "serviço de telecomunicações" semelhante ao serviço
de telefonia tradicional, em vez de um "serviço de informação", menos
regulado.
Fonte: Uol