Um dos melhores – e ao mesmo tempo, mais assustadores – fatos sobre a
indústria da computação é a ampla taxa de mudanças. É impressionante a
habilidade de desenvolvimento quanto a da indústria de tecnologia para
inovar e melhorar os produtos atuais, ao mesmo tempo em que reduz os
preços dos anteriores. E isso cria uma situação onde escolher uma placa
de vídeo se torna controverso: por quê pegar uma GPU topo de linha se as
anteriores são quase igualmente capazes?
Antes, precisamos observar a realidade deste mercado: a atualização
constante gera a democratização da tecnologia. Há uma década atrás, a
filmagem e edição de imagens em bons padrões era uma tarefa exclusiva
para profissionais. Trabalhos com a parte estética e gráfica eram
realizados apenas em estúdios propícios para isso. Hoje, os componentes
vendidos permitem que trabalhos que exigem muito potencial visual dos
computadores possam realizados em máquinas pessoais.
Placas de consumo x Placas profissionais: entenda a diferença entre as GPUs
Para compreender a necessidade, é preciso observar o quê torna um
produto diferente do outro. A maioria dos computadores pessoais ou de
empresas convencionais não possui uma necessidade crítica para gráficos.
Nesse aspecto, muitos PCs, por exemplo, podem ser utilizados para
trabalhos de escritório no processamento de aplicativos – e para esta
função, as GPUs de consumo são ideais.
Com o passar do tempo, estas placas de consumo se
tornaram mais importante que as CPUs para lidar com cargas
computacionais a serem processadas. Este traço se torna ainda mais
evidente com os jogos mais recentes. já que todo o potencial de operação
das GPUs se torna necessário. A sinergia entre estas áreas é evidente, e
como os games precisam de produtos cada vez mais potentes, as placas
não ficam atrás em termos de potencial gráfico e execução.
A necessidade de placas gráficas profissionais, no entanto, é diferente. Elas podem ser utilizadas em uma instalação com múltiplas placas em um data center
para processar grandes conjuntos de dados. A renderização de uma cena
de efeitos especiais em um filme e o processamento de um aplicativo CAD
são exemplos perfeitos de situações onde o desempenho é essencial para o
negócio, e precisam de performance altamente confiável.
Quanto mais velho, melhor?
O fator da confiança nestes produtos é um aspecto que merece
destaque: a maioria das workstations cujo funcionamento é crítico para o
usuário são construídas do zero com uma certa especificação. Ao mudar
essa configuração, todo o processo precisa ser modificado em conjunto.
Ter acesso à soluções antigas, por mais contra-intuitivo que pareça
no mundo de hoje, é vital. Esta é uma das razões pela qual a NASA,
por exemplo, raramente modificou qualquer uma de suas tecnologias de
seu ônibus espacial: ela funciona, e de maneira confiável e preditiva.
Enquanto qualquer mudança pode ser catastrófica, o foco está em
encontrar em uma solução conhecida ao invés de uma nova.
Com os altos custos envolvidos no planejamento e implementação em
negócios onde o desempenho gráfico é essencial, é mais importante
substituir as placas gráficas profissionais com algo exatamente igual ao
invés das opostas que possam ser incompatíveis com os aplicativos que
você está rodando. Nesse caso, ter uma garantia maior é vital – por
exemplo, a garantia da AMD FirePro é de três anos. Além
disso, o acesso a tais produtos por um período estendido de tempo é
igualmente importante – exemplificado pela AMD FirePro oferecendo dois a
cinco anos de disponibilidade.
Finalmente, existem os drivers e suas respectivas
interoperabilidades. Os criadores de softwares profissionais maximizam a
performance de suas aplicações conforme os produtos das linhas de
placas gráficas e profissionais, para que tais workstations tenham
máximo desempenho. Aplicativos como Autodesk Maya, Adobe After Effects e AutoCAD, por exemplo, possuem um funcionamento altamente compatível.
O contraste com a linha de produtos de consumidor
Placas gráficas de consumo oferecem seus próprios benefícios e são
construídas com finalidades específicas. Seus preços são normalmente
acessíveis ao público, e suas tecnologias recebem atualizações
constantes e boa relação em custo-benefício. Essas GPUs foram criadas
para necessidades diárias, oferecendo ganhos de performance e velocidade
no cotidiano, graças à necessidade da indústria de jogos que continua
inovando esta área.
Em suma, a escolha das placas deve ser feita conforme o propósito
de uso. Há inúmeras razões para escolher uma placa de nível comercial,
mas quando se trata de funções críticas, uma placa gráfica profissional
se torna mais importante. Confiança, interoperabilidade e um modelo para
longo termo são elementos vitais para que o investimento inicial em
placas gráficas profissionais valham a pena por muito tempo.
Fonte: Adrenaline