No
primeiro dia do Mobile World Congress, em Barcelona, os OTTs brilharam
mais uma vez. Google e Facebook desafiaram suas estratégias às teles.
Foi na verdade, um jogo de ´morde e assopra´. Tanto que o Google
confirmou a ideia de ter backbone mundial, mas garantiu que não planeja
vir a ser uma concorrente das teles. Já o Facebook, mais uma vez,
mostrou o Internet. org, projeto rejeitado por boa parte das operadoras
tradicionais.
A presença de Mark Zuckberg era esperada desde a realização do primeiro painel do dia, quando o
CEO
da Deustche Telekom, Tim Höttges, deixou claro que o Facebook era, sim,
um serviço de comunicação, mas que não estava regulado desta forma,
criando uma competição desigual com as teles. Zuckberg. por sua vez,
sustentou suas iniciativas e manteve a ideia que o Facebook serve para
conectar pessoas e ampliar, assim, o consumo de dados das teles quase
deixando a entender que há a ideia de parcerias.
Zuckberg evitou de todas as formas entrar em conflito com as teles e
foi bastante ajudado pela organização do Mobile World Congress. No
painel, ele contou com a participação de operadoras que aderiram ao
Internet. org, projeto que quer fomentar o acesso gratuito a alguns
aplicativos, entre eles o Facebook. O CEO da Milicom, Mario Zanotti,
operadora colombiana que firmou acordo com a rede social para o
Internet.org, revelou que, em média, as vendas de serviços de dados
cresceram 30% após o acordo.
Na sua apresentação - realizada num horário do almoço, numa sala
paralela, mas ainda assim bastante lotada - o vice-presidente executivo
do Google, Sundar Pichai, também mostrou detalhes dos planos da empresa.
Ele confirmou que o Google terá uma MVNO nos Estados Unidos para elevar
serviços onde hoje eles não são ofertados. Também disse que todas as
iniciativas da empresa, como o Google Fiber e os projetos dde acesso à
Internet por meio de balões estratosféricos, também vão seguir adiante.