A National Security Agency (NSA) e o Federal Bureau of Investigation têm acesso direto aos servidores da Google, Facebook e de outros grandes serviços de Internet. De lá são extraídos áudios, vídeos, fotografias, emails, documentos dos usuários para monitoramento. A coleta de dados é feita com o conhecimento das empresas, mas não está claro se elas colaboram voluntariamente ou se foram obrigadas pela justiça. A denúncia foi feita pelo jornal norte-americano Washington Post nesta quinta-feira.
O monitoramento é parte de um programa de segurança chamado PRISM, iniciado em 2007 para investigar ameaças externas aos EUA, diz o WP. A maioria dos principais serviços de Internet, incluindo Microsoft, Yahoo, Skype, Apple e AOL, assim como Google e Facebook, participa no PRISM, segundo o diário norte-americano. Algumas das empresas já negaram essa colaboração com as autoridades.
A notícia tem por fonte um oficial de inteligência, que forneceu ao Post vários slides de uma apresentação em PowerPoint sobre o PRISM. O jornal publicou o artigo com esses “slides“.

A notícia surge apenas um dia após o jornal inglês The Guardian ter revelado que a NSA obteve um amplo acesso aos registos de chamadas de clientes da Verizon Communications, também para fins de vigilância.
A NSA está proibida de investigar cidadãos norte-americanos. O programa PRISM tem procedimentos específicos para evitar que o conteúdo dos cidadãos sejam incluídas nessa vigilância, mas os procedimentos não são rigorosos, de acordo com o WP. As agências não tentam recolher todos os conteúdos a partir dos referidos serviços de Internet, mas o PRISM permite que os agentes possam procurar conteúdo e transferi-los para fora dos servidores, disse o Post.
Fonte: Idgnow