A Kasperky Lab anunciou nesta quarta (22) o lançamento da versão 3.0 de seu principal produto para segurança doméstica, o Pure.
Entre as novidades, recursos como o Safe Money, para proteção de Internet banking e compras online; administração de senhas e backup na nuvem; e controle parental com administração remota.
O Safe Money examina a autenticidade dos sites que pedem dados bancários e/ou pessoais, usando certificados de segurança e controle de reputação. "Só de bancos brasileiros, temos quase 70 URLs cadastradas", diz Fabio Assolini, analista-sênior de malware da empresa. O sistema abre o site em um modo seguro, que impede a injeção de código malicioso, diz a empresa.
A ferramenta também traz um teclado virtual, ativado automaticamente em sites de bancos, compras e pagamentos, que criptografa os dados inseridos durante o login e impede até o print screen da tela. O produto barra também a gravação dos movimentos do mouse, uma característica comum dos trojans bancários brasileiros, diz Assolini.
O administrador de senhas é um sistema que armazena as passwords sob uma senha mestre. O sistema gera um código, guardado na nuvem, para facilitar o acesso em outros dispositivos. A ferramenta também preenche formulários automaticamente.
O Pure 3.0 possui um sistema de backup na nuvem, que envia uma cópia de arquivos selecionados pelo usuário para uma conta Dropbox com 2GB gratuitos (acima disso, o espaço é pago).
O software promete proteção automática contra exploits - falhas de segurança em aplicativos que permitem ataques remotos. "Mesmo que o aplicativo esteja desatualizado ele impede a execução do malware", diz Claudio Martinelli, diretor de vendas para consumo da Kaspersky..
O controle parental é um dos pontos fortes do Pure. Ele permite bloquear o acesso a sites, estabelecer limite de tempo de uso da Internet, evitar o vazamento de dados pessoais em redes sociais e mensagens instantâneas. "Um algoritmo identifica até o excesso de pele em imagens, para evitar exposição de imagens sensuais", diz Assolini.
A administração pode ser feita remotamente, por um console - no entanto, é preciso que os micros estejam na mesma rede.
O sistema também gera um relatório com os sites mais acessados, programas baixados, tempo de uso etc pelos usuários - e também bloqueia downloads por tipo de arquivo, além de monitorar o uso de palavras específicas. "Ele impede, por exemplo, que a criança envie o endereço para alguém", explica Martinelli.
O produto já está disponível por 170 reais, preço da licença para até 3 computadores por um ano. Clientes das versões anteriores podem fazer o update de graça. O Pure 3.0 é "totalmente" compatível (inclusive interface) com o Windows 8, diz a empresa.
Nos primeiros três meses, quem comprar o Pure também ganha o aplicativo de proteção para dispositivos Android.
Acesso à pornografia
"A pornografia está muito acessível para as crianças", disse Assolini. Em sua apresentação, ele mostrou que mesmo no Google Images é bastante simples ter acesso à conteúdo erótico, mesmo com o filtro de moderação da ferramenta ativado.
De acordo com uma pesquisa da empresa, 56% do conteúdo adulto na Internet é pornografia ou material erótico. Na sequência, porém distantes, estão software ilegal (14,7%), redes sociais (13%), jogos de aposta (3,6%) e violência (3%).
No Brasil, dados da empresa com usuários de seus produtos revela que redes sociais são os sites mais bloqueados pelos pais - 58% deles evitam que seus filhos façam isso, seguido de sites de software ilegal e pornografia, ambos com 13%. Lojas online são barradas por 2,85%.
Outra pesquisa, essa do CGI.br, revla que 80% dos adolescentes entre 12 e 17 anos acessa redes sociais, mas somente 10% dos pais usa controle parentais.
O pico dos bloqueios ocorre durante a tarde - entre 13h e 18h. "São quase 3 mil tentativas por minuto", diz Martinelli.
Fonte: IdgNow