O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR, NIC.br (www.nic.br), entidade responsável pela implementação de decisões e projetos da internet no Brasil, comemorou hoje, oficialmente, a marca de 1 milhão de domínios ".br", com um crescimento de 20% no período de um ano.

Dentro das estimativas de domínios específicos por país (em oposição aos domínios genéricos, como ".com", ".net" e ".org"), o Brasil está atrás da Alemanha (".de", com quase 10 milhões), Reino Unido (".uk", com pouco mais de 5 milhões), Holanda (".nl", com quase dois milhões), Itália (".it", com pouco mais de um milhão) e dos EUA (".us", também com pouco mais de um milhão). Os domínios ".br" representam 1,34% do total de domínios da internet.

No país, os registros com terminação ".br" são gerados e armazenados pelo Registro Brasileiro (www.registro.br), que iniciou suas operações em 1990. Desde então, foram instituídos novos domínios como ".blog", ".vlog", ".flog" e ".wiki", atendendo a 800 mil clientes diferentes.

Hora oficial

O NIC.br também anunciou uma parceria fechada com o Observatório Nacional, permitindo que a entidade crie serviço para fornecer a hora legal brasileira nos computadores nacionais. O horário é baseado no meridiano de Greenwich e estará disponível por meio do Network Time Protocol (NTP).

Frederico Neves, Diretor de Serviços e Tecnologia do NIC.br, explica que "com o protocolo NTP será mais fácil realizar o monitoramento da segurança nas redes, além de tornar mais ágil o rastreamento de históricos de problemas e outras ocorrências típicas".

IPv6

A entidade também fechou acordo com a organização responsável por registros de endereços na América Latina, o LACNIC, para a distribuição de IPv6 (Internet Protocol em versão 6). Até então, para realizar registros de endereços, o país só tinha autonomia para a versão 4 (IPv4).

No mundo todo há cinco regionais para registros de internet (os RIRs, Regional Internet Registries). Além do LACNIC, localizado no Uruguai, os demais estão na África (AFRINIC), na Ásia e Pacífico (APNIC), nos EUA e Canadá (ARIN) e na Europa (RIPE).

"Agora, todo processo de aquisição de IP será feito em território virtual brasileiro", explica Neves.

Fonte: Folha